Na época, a competição estadual era disputada em duas fases. Na primeira, todos jogavam contra todos em turno único, com os quatro melhores se classificando ao mata-mata, composto por semifinal e final. O Palmeiras avançou no segundo lugar, enquanto o São Paulo passou em terceiro.
Passando por problemas dentro e fora de campo, o Tricolor Paulista viu o rival entrar em campo como favorito. O clube do Morumbi vinha de derrota na Copa Libertadores, tinha desfalques importantes, como o atacante Borges, e havia suspendido o meia Carlos Alberto e o volante Fábio Santos por briga durante a concentração. Já o Verdão era o time que mais havia pontuado no Paulistão, junto ao líder Guaratinguetá, e vinha de 14 partidas sem perder.
Contudo, foi o São Paulo que abriu o placar aos 11 minutos de jogo, com uma "mãozinha" de Adriano. Jorge Wagner cruzou na área, o Imperador mergulhou para concluir e completou com a mão direita para as redes. A arbitragem não viu o lance irregular e validou o gol são-paulino.
No primeiro minuto do segundo tempo, Jorge Wagner aproveitou a falha do defensor alviverde e fez o lançamento para Adriano, que dominou, conduziu a bola, ganhou de Pierre no corpo e bateu no canto direito de Marcos para ampliar a vantagem da equipe comandada por Muricy Ramalho.
Pior na partida, o Palmeiras conseguiu descontar aos 31 minutos. Lenny recebeu na direita, deixou Jorge Wagner para trás, invadiu a área e foi derrubado por Alex Silva, conseguindo um pênalti para o time alviverde. Na cobrança, Alex Mineiro bateu bem e deu números finais ao jogo.
O gol foi importante para dar uma injeção de ânimo nos comandados de Vanderlei Luxemburgo, que no duelo de volta, no Parque Antarctica, venceram por 2 a 0 e se classificaram para a decisão. Na final, o Verdão venceu os dois jogos contra a Ponte Preta e ficou com o título estadual.