Emiliano Sala é velado em seu clube de infância, na Argentina
Por Redação
16/02/2019 às 12:12 • Atualizado: 16/02/2019 às 17:50
São Paulo, SP
O corpo de Emiliano Sala chegou a Progreso, no norte da Argentina, na manhã deste sábado, onde ocorre o velório nas dependências do Club Atlético San Martin, seu time de infância. Grande parte dos 3 mil habitantes da cidade deve comparecer ao local para prestar homenagens ao jogador, falecido no último dia 21 de janeiro, em acidente aéreo no Canal da Mancha, entre França e Inglaterra. Após o tributo, o corpo será cremado.
"É um dia tristemente histórico para Progreso, jamais imaginamos, seguimos em choque", disse o presidente do clube argentino, Daniel Ribeiro, em entrevista à Agência France Press. "Ele representou muito para nós. Neste povoado, o Emi foi a celebridade, o único jogador de futebol que triunfou para se tornar um profissional".
"Vamos lhe dar a despedida que ele merece", assegurou Julio Müller, prefeito de Progreso. "Era nosso ídolo. Estará eternamente entre nós. É difícil ver o caixão", completou.
Sala nasceu em 1990 e, quatro anos depois, já dava seus primeiros passos no futebol, vestindo a camisa do San Martín, clube que defenderia pelos próximos 10 anos. De lá, foi para o Proyecto Crecer, de Córdoba, onde terminou sua formação antes de se transferir para o Bordeaux, da França, em 2010.
"Era um menino magro, só tinha 15 anos, mas sentimos que tinha futuro, e ele adorava treinar. Enquanto seus amigos iam comer churrasco, ele ia correr", contou Daniel Demonte, técnico do time de base do San Martín.
O Bordeaux teve posse de seus direitos federativos até 2015, quando foi vendido ao Nantes por cerca de 1 milhão de euros. E o argentino estava prestes a escrever o mais novo capítulo de sua carreira quando a tragédia do mês passado aconteceu.
Sala havia acabado de acertar transferência ao Cardiff City, da Inglaterra, para onde viajaria no dia 21 de janeiro para assinar o contrato e se juntar à equipe. Contudo, o monomotor que o transportava sumiu dos radares quando sobrevoava o Canal da Mancha e seu corpo permaneceu desaparecido até o último dia sete de fevereiro, data da confirmação de sua morte. O corpo do piloto David Ibbotson segue sem ser encontrado.