Chefe do Comitê de Reforma cita 'injustiça' ao sair em defesa de Blatter - Gazeta Esportiva
Chefe do Comitê de Reforma cita 'injustiça' ao sair em defesa de Blatter

Chefe do Comitê de Reforma cita 'injustiça' ao sair em defesa de Blatter

Gazeta Esportiva

Por Redação

24/08/2015 às 10:53

São Paulo, SP

Em evento em sua cidade natal, Blatter é presenteado e respaldado (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)
Em evento em sua cidade natal, Blatter é presenteado e respaldado por chefe reformista (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)


Evitando grandes contatos com a imprensa desde a deflagração do escândalo de corrupção envolvendo a Fifa, fato que o fez abrir mão de exercer o quinto mandato à frente da entidade, Joseph Blatter tentou recuperar o prestígio ao participar de um tradicional evento em Valais, região suíça onde nasceu, no fim de semana. Quem saiu em sua defesa, no entanto, foi François Carrard, chefe do Comitê de Reforma da entidade.

Responsável por dirigir e coordenar o comitê que vai determinar as mudanças no estatuto da entidade, feitas em busca de uma maior transparência administrativa, Carrard afirmou que Blatter tem sido alvo de condenações injustas. “Ele está sendo tratado de forma injusta. Eu vi os documentos da Justiça dos Estados Unidos e o nome dele não aparece lá”, declarou em entrevista ao diário suíço Le Matin.

Ao passo que isentou Joseph Blatter de qualquer responsabilidade, Carrard lembrou os preceitos que busca colocar em vigor na entidade – questões que contradizem por completo a figura e a presença do mandatário suíço. Por exemplo, duas das principais medidas que o Comitê de Reforma pretende implantar são a limitação das reeleições – só acontecerá uma – e da idade dos candidatos.

Blatter, que foi presenteado pelo povoado da região com uma vaca, ainda garantiu ter convidado Michel Platini para o evento nos Alpes suíços. “Em outras ocasiões ele veio, e esta vez eu também lhe convidei. Mas ele não veio”, falou, aproveitando para disparar contra a Uefa e seu mandatário, que vem sinalizando intenções de concorrer à Fifa. “Uma só confederação não pode ter o controle de toda a Fifa”, completou.

Para justificar sua oposição à Uefa e à figura de Platini, Blatter lembrou que, no primeiro semestre, o principal organismo do futebol europeu coordenou votos para apoiar a candidatura de Ali Bin Al Hussein, príncipe jordaniano que concorreu com Blatter no pleito realizado em maio. Al Hussein, inclusive, deve ser um dos candidatos às eleições de fevereiro de 2016.

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