Campeão no Catar, lateral Paulo Otavio fala da “febre brasileira” no país da última Copa - Gazeta Esportiva
Campeão no Catar, lateral Paulo Otavio fala da “febre brasileira” no país da última Copa

Campeão no Catar, lateral Paulo Otavio fala da “febre brasileira” no país da última Copa

Gazeta Esportiva

Por Redação

30/04/2024 às 12:09

São Paulo, SP

Na última quarta-feira (24), o Al Sadd confirmou o título da Liga das Estrelas do Catar com uma rodada de antecedência, ao golear o Al Shamal por 4 a 0. Autor do último gol da vitória, o lateral-esquerdo Paulo Otavio esteve presente em todos os jogos da conquista, obtida logo em seu primeiro ano no clube - que, com 17 títulos nacionais, é o maior campeão do país do Oriente Médio.

Formado no Athletico Paranaense, o brasileiro de 29 anos saiu cedo para o futebol europeu e passou seis temporadas no futebol alemão, onde defendeu o Ingolstadt e o Wolfsburg, antes de acertar com o Al Sadd, em 2023. No novo clube, o lateral foi titular em todos os 21 jogos até a conquista do título, ficando de fora de apenas 7 minutos e contribuindo com 2 gols e 4 assistências na campanha.

Mas como o Al Sadd, uma equipe sem astros internacionais, consegue se sobressair em uma liga repleta de grandes estrelas? Paulo Otavio responde: “Realmente, nosso elenco  não conta com grandes astros, se você for comparar com o Al Duhail, que tem um craque como o Philippe Coutinho, ou o Al Arabi, que tem o Marco Verratti, por exemplo. Mas acho que o Al Sadd faz os investimentos mais inteligentes da liga, sem dúvidas. Temos um plantel muito homogêneo, que conta por exemplo com 6 titulares da seleção do Catar que há pouco tempo foi bicampeã da Copa da Ásia”.



O brasileiro afirma que há muito talento disponível, mesmo em nomes de menor impacto midiático: “Nossa equipe tem o (Gonzalo) Plata, da seleção do Equador, o (Mateus) Uribe, da seleção colombiana e o Akram Afif, que talvez hoje seja o melhor jogador do futebol asiático. Eu pude jogar por anos na Bundesliga, disputar a Champions League e sinto que isso faz muita diferença para seguir jogando em alto nível seja onde for. Temos também o Guilherme, ex-Corinthians, e o Giovane, que veio do Palmeiras e das seleções de base. É
um projeto bem pensado”.

A presença brasileira, aliás, é uma marca registrada da Liga das Estrelas do Catar. Além de Paulo Otavio, o Brasil tem mais 13 atletas que disputaram essa edição da competição e é disparadamente o país que mais cede estrangeiros à liga catari. Nomes conhecidos como Philippe Coutinho, Rafinha Alcântara, Lucas Veríssimo, Róger Guedes, Thiago Mendes, Lyanco e Gabriel Pereira todos estiveram presentes na temporada 2023/24 do Catar, e a tendência é que esse número aumente.

“São jogadores que só abrilhantam a liga, assim como europeus como o Verratti, o Javi Martínez, o Draxler e o Rodrigo. Jogar em estádios de Copa do Mundo e enfrentar caras desse nível toda semana é algo que te motiva a estar sempre no melhor da sua forma”, avalia Paulo Otavio. “Pelo que vejo, o Catar olha cada vez mais para o mercado brasileiro, e busca jogadores que estejam no auge, para viverem seus melhores anos aqui”, conclui
o lateral.

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