Estas revelações resultaram em um pedido de desculpa da Federação Holandesa de Futebol (KNVB), que considerou "inaceitável Pauw não ter desfrutado de um ambiente de trabalho seguro".
Pauw, de 59 anos, é considerada uma das pioneiras do futebol femininos na Holanda.
"Durante 35 anos guardei este segredo do resto do mundo, da minha família, minhas companheiras e minhas jogadoras, e agora posso aceitá-lo, me aceitar", escreveu em um comunicado divulgado no Twitter.
"Mesmo os mais próximos de mim não sabiam desse estupro cometido por um alto funcionário do mundo do futebol quando eu era jogadora. Mais tarde, fui alvo de outras duas agressões de outros homens. Todos os três trabalhavam no futebol holandês na época", revelou.
"Apenas aqueles em quem confio sabiam do abuso sexual sistemático, do abuso de poder, da intimidação, do isolamento que enfrentei como jogadora e como treinadora no futebol holandês", acrescentou.
"Já não posso mais ficar em silêncio", confessou Vera Pauw, que anunciou ter apresentado queixa à polícia holandesa.
A KNVB reconheceu erros na forma como as agressões sofridas por Pauw foram tratadas e o fato de que a federação "não reagiu com rapidez suficiente aos primeiros alertas dados por Pauw sobre comportamento sexual inadequado em 2011".]
This has been the toughest thing in my life but, finally, I'm ready to move on and be proud of who I am
Vera 💚 pic.twitter.com/27v25nFViP
— Vera Pauw (@verapauw) July 1, 2022