O atacante Júnior Dutra ganhou aliados importantes na disputa que trava com Kazim pela titularidade no Corinthians – os torcedores. A sua entrada no lugar do inglês naturalizado turco no segundo tempo da vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, no sábado, no Pacaembu, foi comemorada como um gol por alguns dos presentes nas arquibancadas do Pacaembu.
“Foi muito bom receber o apoio da torcida na hora em que entrei. Isso mostra que estou no caminho certo. Ainda conquistamos uma vitória no meu primeiro clássico. É um ótimo início, com o pé direito”, sorriu Júnior Dutra, que havia anotado o seu primeiro gol como corintiano no triunfo por 4 a 0 sobre o São Caetano, também no Pacaembu.
O atacante vindo do Avaí, rebaixado no último Campeonato Brasileiro, já era cotado a assumir a titularidade diante do São Paulo. Segundo o técnico Fábio Carille, o fato de ele ter se desgastado ao atuar durante todo o jogo contra a Ferroviária, outra equipe derrotada por 2 a 1 no Pacaembu, favoreceu Kazim.
“Não sei dizer. O Carille pode responder melhor. Ele me falou que foi mais uma questão tática, mas também pode ter levado a parte física em consideração. Disse a ele que pode contar comigo, que sempre vou me concentrar para dar o melhor em campo”, discursou Júnior Dutra.
O que mais ajuda o atacante recém-chegado, no entanto, não são nem as suas atuações, mas as de Kazim. O antigo reserva de Jô enfrenta bastante resistência de alguns torcedores desde a temporada passada.
“Tive uma conversa com os dois antes do jogo. O Júnior correu muito na quarta-feira. Ele mesmo me falou que não suportaria os 90 minutos. Aí, o que é melhor: ter o Júnior no começo ou no final do jogo? É um mistério. Mas preferi começar com o Kazim e terminar com o Júnior”, contou Carille, dando a entender que a escalação contra o São Paulo seria outra caso Júnior Dutra estivesse em perfeitas condições físicas.
E Danilo?
Há um reserva de Kazim bem mais querido pelos torcedores do Corinthians do que Júnior Dutra. O veterano Danilo esteve no banco de reservas diante do São Paulo e será utilizado como centroavante em 2018.
“O Danilo treinou poucas vezes neste ano. Foi aos Estados Unidos e não fez nenhum trabalho com bola, ficou se cuidando. Está nos nossos planos, sim, e foi por isso que renovou contrato. Quem sabe eu não o utilizo no próximo jogo?”, cogitou Carille, referindo-se ao compromisso contra o Novorizontino, no domingo de 4 de fevereiro, fora de casa.
