Andrés lembra Kalil em jatinho da CBF e pede fim das insinuações de complô - Gazeta Esportiva
Andrés lembra Kalil em jatinho da CBF e pede fim das insinuações de complô

Andrés lembra Kalil em jatinho da CBF e pede fim das insinuações de complô

Gazeta Esportiva

Por Marcos Guedes

04/09/2015 às 18:07 • Atualizado: 04/09/2015 às 20:35

São Paulo, SP

Andrés Sanchez foi ao CT do Corinthians na tarde de sexta-feira para colocar sua posição sobre a insinuação geral de que o clube vem sendo beneficiado pela arbitragem no Campeonato Brasileiro. Em uma entrevista bem ao seu estilo, ainda que sem um único palavrão, o ex-presidente alvinegro procurou mostrar decepção com Levir Culpi, técnico do Atlético-MG, e Alexandre Kalil, ex-presidente da agremiação mineira.

“Não tem pergunta? Vambora”, brincou Andrés, sem um pronunciamento inicial. Na sequência, à medida que respondia aos questionamentos, mostrou que ideia era combater a ideia de um complô. E recordou a Copa Libertadores de 2013, com eliminação da equipe do Parque São Jorge em atuação histórica do juiz Carlos Amarilla. O Atlético-MG acabou ficando com o título.

“Quando fui prejudicado em 2013, o presidente do Atlético pegava jatinho toda semana com o presidente da CBF. Fez o quê? Esquema para o Corinthians perder e ele ganhar o campeonato? Entendo jogar para a torcida, mas tem que maneirar”, disse o atual superintendente de futebol preto e branco, referindo-se a Kalil. “Alguém tem dúvida de que o Corinthians foi prejudicado na Libertadores? Nem passagem ele pagava. Será que por isso que a gente foi prejudicado? Se a gente pensa isso, tem que parar o futebol. Reclamamos do juiz, da Conmebol, mas não falamos que tinha esquema desse ou daquele.”

Andrés chamou de irresponsáveis as acusações de favorecimento (foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Andrés chamou de irresponsáveis as acusações de favorecimento (foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Sanchez recordou ainda que o Atlético-MG foi campeão mineiro deste ano em uma final na qual teve erros da arbitragem a seu favor contra a Caldense. E estendeu seu desapontamento ao técnico Levir Culpi, que apontou o Campeonato Brasileiro “manchado” a 16 rodadas do final.

“Estou decepcionado, porque acho que é um dos melhores treinadores do Brasil, uma pessoa que conheço. Ele está falando que o campeonato está manchado. Mas o Corinthians ainda é zebra. Se, daqui a sete ou oito rodadas o Atlético estiver na frente, ele vai falar que está manchado também? Vê o Mineiro. Entrevista o time da Caldense. Pelo amor de Deus, o que vão falar? Que o Estadual foi comprado?”, acrescentou o dirigente do Corinthians.

Invicto há 14 rodadas, o time paulistano lidera o Nacional com 49 pontos e um impressionante aproveitamento de 74,2%. São sete pontos de vantagem sobre o vice-líder Atlético-MG, que se julgou prejudicado pela arbitragem em várias partidas, a última delas a derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR. Na mesma rodada, o Corinthians fez 2 a 0 no Fluminense, que teve um gol legal anulado.

As críticas feitas por Andrés a Kalil e a Levir Culpi se estenderam a outros dirigentes e a boa parte da imprensa. “Desde que começou o Brasileiro, em 1971, todo o mundo foi beneficiado e prejudicado. São 70 câmeras no campo. Há erros e acertos. Reclamar do juiz na CBF faz parte. Insinuações de que tem esquema ou complô são o maior absurdo”, comentou.

“Tem que apontar que errou isso e aquilo, mas não insinuar complô. Tem muita gente trabalhando aqui, ganhando cinco mil reais ou 500, 600 mil reais por mês. É falta de respeito com esses profissionais do Corinthians, com os torcedores e com o futebol brasileiro. O futebol está ficando chato. É por isso que está perdendo torcedores. Isso é muito absurdo, falta de responsabilidade”, acrescentou.

O que acabou ficando claro foi que a motivação de Sanchez para o pronunciamento foram especialmente as declarações de Alexandre Kalil. Ele voltou a citar o ex-presidente do Atlético-MG, que previu uma “tragédia” em Minas Gerais, com a liberação de cerveja nos estádios de lá, aliada à ausência de alambrado nos estádios e à atuação dos árbitros.

“Não ter grade mostra civilização. O Corinthians foi eliminado três vezes no estádio novo, e ninguém invadiu o campo nem quebrou nada. Com dirigente insinuando coisa feia, aí, sim, vai torcedor para porta de hotel, atrás de juiz, atrás de jogar. Ele tinha que ter mais responsabilidade para falar. E em outras coisas também, mas deixa para a próxima”, disse o superintendente alvinegro. “O Kalil não pode falar o que falou, sendo o grande dirigente que foi”, concluiu.

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