Felipão vê Luxemburgo usar corrupção para justificar fracasso na China - Gazeta Esportiva
Felipão vê Luxemburgo usar corrupção para justificar fracasso na China

Felipão vê Luxemburgo usar corrupção para justificar fracasso na China

Gazeta Esportiva

Por Redação

05/10/2016 às 11:55 • Atualizado: 05/10/2016 às 18:34

São Paulo, SP

Luiz Felipe Scolari, técnico da Seleção Brasileira de futebol, durante palestra na Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo (SP). O treinador aborda temas como liderança, perseverança, superação, espírito de equipe baseados em sua carreira profissional.
Felipão classificou de "absurdas" e "infundadas" as acusações feitas por Luxemburgo (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Técnico do Guangzhou Evergrande, o brasileiro Luiz Felipe Scolari rebateu nesta quarta-feira as acusações feitas por Vanderlei Luxemburgo sobre supostos esquemas de corrupção no futebol chinês. Para Felipão, o ex-treinador do Tianjin Quanjian, da segunda divisão local, fez as insinuações para tentar justificar o fracasso no trabalho que desempenhou no país.

"Foram totalmente absurdas as palavras do Vanderlei. Foram infundadas", afirmou Felipão, em entrevista ao programa Bate Bola, do canal ESPN. "Foi para justificar. Eu, por exemplo, saí do Brasil sete vezes para trabalhar. Às vezes pode não dar certo, você pode ter um problema de relacionamento, mas não justifica você transferir essa situação para determinado momento que a China viveu há muitos anos e que neste momento é impossível de se viver".

Luxemburgo foi demitido do Tianjin Quanjian em junho, após uma fraca campanha na segunda divisão chinesa. Ao participar do programa Bem, Amigos, do canal SporTV, na segunda-feira, o treinador disse que a corrupção no futebol local impediu o desenvolvimento de seu trabalho.

"É só armado, lá é constante. Lá é constante [armação para entregar o jogo]. Há alguns anos, muitas pessoas foram presas no futebol da China. Para o futebol chinês [evoluir], será preciso parar com a própria corrupção no futebol chinês", afirmou o treinador, na ocasião.

O brasileiro Vanderlei Luxemburgo, técnico do Tianjin Quanjian, equipe da segunda divisão da China, durante a apresentação oficial do jogador Geuvânio no no Hotel Bourbon, em Atibaia (SP).
Luxemburgo não teve sucesso ao comandar o Tianjin Quanjian na segunda divisão (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Segundo Felipão, as declarações de Luxemburgo repercutiram negativamente na China. "Todos no clube estão chateadíssimos com esse tipo de atitude, porque começa a existir um certo preconceito com os brasileiros por causa desse tipo de declaração. E por conta de alguns detalhes que são infundados", disse o técnico, que prevê prejuízos para os brasileiros que desejam seguir carreira no país.

"Pode e causará um estrago, sim. Alguns jornais já falam que os brasileiros vêm para cá com o intuito de ganhar dinheiro, e não de evoluir o futebol da China", contou Felipão. "É uma porta que se fecha para os jogadores e os treinadores. Vamos criar uma situação que não se conhece, que não acontece e que pode encerrar a participação de muitos colegas nossos. Tínhamos que abrir portas, e não fechar portas".

A ida de treinadores brasileiros para a China cresceu nos últimos anos, embora Felipão tenha sido o único a se firmar no país. Os clubes locais também têm investido altas quantias na contratação de jogadores brasileiros. O zagueiro Gil, os meias Paulinho, Renato Augusto e Jadson e os atacantes Ricardo Goulart e Luis Fabiano são alguns atletas que defendem times chineses atualmente.

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