Um comunicado expedido pela Justiça suíça nesta quarta-feira divulgou o mandado de busca que autoridades nacionais cumprem na Federação Francesa de Futebol. O objetivo da visita é colher documentos e outras notas que comprovem ligação entre a Federação e a transação bancária que baniu Joseph Blatter e Michel Platini.
As instalações da Federação Francesa, em Paris, foram revistadas pela Polícia nacional na tentativa de descobrir indícios de que o dinheiro fruto do pagamento a Platini estaria investido – ou depositado – em algum programa da instituição. Em janeiro, após suspensão provisória de 90 dias, ambos foram banidos por oito anos, conseguindo reverter a pena para seis.
Joseph Blatter, que completará 80 anos nesta quinta-feira, admitiu que os 1,8 milhões de francos suíços (cerca de R$ 7,7 milhões) repassados a Platini nunca foram vinculados a nenhuma instituição que coordena o futebol. A defesa de ambos ainda tenta uma última cartada na Justiça para reduzir ainda mais o gancho.
“Estou muito surpreso pela única razão que os 1,8 milhões de euros que a Fifa pagou a Platini a partir de um contrato verbal entre eu e ele não foram depositados na Federação Francesa nem na Uefa, e sim em uma conta particular de Michel Platini, em um banco suíço”, assumiu Blatter em entrevista à AFP.
Os advogados de Blatter e Platini seguem sustentando a versão de que o valor transferido ao francês era referente aos serviços de consultoria por ele prestados entre 1998 e 2002. Porém, como a transação é datada de 2011, o corpo de acusação defende que o montante foi passado a Platini em troca de uma abertura política para facilitar a quarta reeleição do suíço.
