Oswaldo sai de férias com pior marca entre técnicos corintianos no ano - Gazeta Esportiva
Oswaldo sai de férias com pior marca entre técnicos corintianos no ano

Oswaldo sai de férias com pior marca entre técnicos corintianos no ano

Gazeta Esportiva

Por Helder Júnior

13/12/2016 às 08:57

São Paulo, SP

Campeão mundial em 2000, o já contestado carioca tem apenas 37,03% de aproveitamento em seu retorno (foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Campeão mundial em 2000, o já contestado carioca tem apenas 37,03% de aproveitamento (foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Aposta unilateral do presidente Roberto de Andrade, Oswaldo de Oliveira foi técnico com o pior aproveitamento entre os quatro que o Corinthians teve em 2016. Além dele, que fracassou na missão de conduzir a equipe à próxima Copa Libertadores da América, Tite, Cristóvão Borges e o auxiliar Fábio Carille exerceram a função.

Hoje na Seleção Brasileira, Tite foi quem mais comandou o Corinthians na temporada e quem alcançou os melhores números. Ainda contando com jogadores que viriam a aumentar o desmanche do elenco – como o zagueiro Felipe, os volantes Bruno Henrique e Elias e os atacantes André e Luciano –, o gaúcho campeão mundial de 2012 acumulou 21 vitórias, oito empates e seis derrotas em 2016 (aproveitamento de 67,61% dos pontos disputados), com 60 gols marcados e 24 sofridos.

Apesar de ser quase unanimidade entre os críticos no momento, graças ao início de trabalho bem-sucedido na Seleção, Tite também tem a sua parcela de culpa para a má fase do Corinthians, segundo alguns. Foi o ídolo quem recomendou boa parte dos atletas que deixaram a desejar na reformulação do plantel, como os meias Guilherme, Giovanni Augusto e Marquinhos Gabriel. “Sinto responsabilidade”, disse à TV Gazeta, sobre a queda de produção do seu ex-clube.

Sem Tite, o Corinthians tentou se encontrar com Cristóvão Borges, cuja passagem foi marcada pelas excessivas contestações de torcedores, principalmente em relação às substituições que ele promovia. Jogador corintiano entre 1986 e 1987, o baiano teve sete vitórias, cinco empates e seis derrotas (aproveitamento de 48,1% dos pontos disputados) antes de ser demitido, com 23 gols marcados e 20 sofridos.

Para o lugar de Cristóvão, Roberto de Andrade apostou em uma solução caseira a princípio, promovendo o auxiliar Fábio Carille. O profissional, que sempre aceitou a condição de interino, alcançou quatro vitórias, um empate e três derrotas (aproveitamento de 54,16% dos pontos disputados), com dez gols marcados e oito sofridos.

Já no final da temporada, Oswaldo de Oliveira chegou, deflagrando uma crise política no Corinthians – o ex-presidente Andrés Sanchez e os seus aliados, como o ex-diretor Eduardo Ferreira, que se desligou da gestão de Roberto de Andrade, opuseram-se à contratação idealizada por Roberto de Andrade.

Dentro de campo, Oswaldo sofreu mais dos que os seus antecessores. Viu o Corinthians ser eliminado da Copa do Brasil pelo Cruzeiro e despencar ainda mais no Campeonato Brasileiro. Só teve duas vitórias, além de quatro empates e três derrotas (aproveitamento de 37,03% dos pontos disputados), com 11 gols marcados e 15 sofridos.

Quando é questionado sobre os maus resultados do Corinthians, Oswaldo faz o mesmo do que quem já deixou o clube – cita o desmanche do elenco campeão brasileiro em 2015 e o pouco tempo que teve para trabalhar. O técnico campeão mundial de 2000 está certo da sua permanência em 2017 – e perde reforços para vingar –, mas ainda enfrenta resistência entre as pessoas que cercam a administração de Roberto de Andrade.

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