O presidente Roberto de Andrade, o diretor de futebol Flávio Adauto e o gerente Alessandro tiveram uma longa reunião com o técnico Oswaldo de Oliveira em uma churrascaria na região dos Jardins, em São Paulo, nesta quarta-feira. Após o almoço, no entanto, o suspense a respeito da continuidade do trabalho do carioca perdurou.
“Aguarde, por favor. Estamos em reunião”, afirmou Adauto, em um rápido contato com a Gazeta Esportiva, quando já havia deixado o local. Roberto de Andrade, Alessandro e Oswaldo não atenderam às chamadas da reportagem.
A reunião desta quarta-feira ocorreu um dia antes do encontro do Conselho Deliberativo do Corinthians. A princípio, teria o intuito de tratar do planejamento para a próxima temporada, porém conselheiros – em maioria, aliados do ex-presidente Andrés Sanchez – pressionam Roberto de Andrade a demitir Oswaldo de Oliveira.
A contratação do técnico foi uma decisão unilateral de Roberto, que irritou Andrés e deflagrou uma crise política no Corinthians, provocando o pedido de demissão de Eduardo Ferreira da diretoria de futebol.
Para colaborar com as críticas, Oswaldo fracassou na missão de classificar o Corinthians à próxima Copa Libertadores da América. Obteve apenas 37,03% de aproveitamento dos pontos que disputou pelo time, a pior marca entre os quatro treinadores corintianos no ano (antes dele, Tite, Cristóvão Borges e Fábio Carille ocuparam o cargo).
Após a derrota por 3 a 2 para o Cruzeiro, na última rodada do Campeonato Brasileiro, Oswaldo de Oliveira havia mostrado segurança sobre a sua permanência no clube do Parque São Jorge em 2017. O risco de o campeão mundial de 2000 encerrar precocemente a terceira passagem pelo Corinthians, entretanto, ainda existe.
