Parreira vê Brasil e Argentina como únicos capazes de "quebrar" sequência europeia - Gazeta Esportiva
Parreira vê Brasil e Argentina como únicos capazes de "quebrar" sequência europeia

Parreira vê Brasil e Argentina como únicos capazes de "quebrar" sequência europeia

Gazeta Esportiva

Por Redação

31/05/2018 às 16:15

São Paulo, SP

Desde a Copa do Mundo de 2002, quando o Brasil conquistou o pentacampeonato mundial, apenas seleções europeias levantaram o troféu da maior competição do universo futebolístico. E neste ano, na Copa da Rússia, o ex-treinador canarinho, Carlos Alberto Parreira, vê apenas duas seleções capazes de "quebrar" essa sequência: Brasil e Argentina.

"Só há dois times que podem quebrar essa sequência e eles são Brasil e Argentina. As pessoas dizem que a Argentina não foi bem nas Eliminatória, mas eles tês tradição e o melhor jogador do mundo, que é o Messi. E o Brasil tem o melhor ataque do mundo com Neymar, Gabriel Jesus, (Roberto) Firmino and Douglas (Costa). Ninguém tem jogadores como esses, que podem ganhar jogos. Claro que essa não é coisa mais importante que você precisa para ganhar. Você precisa ter um time e ser equilibrado. Mas mesmo assim, eles são um grande trunfo", pontuou em entrevista ao site da Fifa.

Parreira foi campeão da Copa de 1994 com o Brasil (Foto: Djalma Vassao/Gazeta Press)


Assim como nos últimos quatro Mundial, Parreira liderará o Technical Study Group (Grupo de estudos técnico, em tradução literal), que analisa todos os jogos ao longo da competição e atua desde 1996. O brasileiro revelou que a maior curiosidade dos membros deste grupo é qual será o estilo de jogo da equipe que levantar a taça.

"Estamos curiosos com uma coisa em particular: como os campeões de 2018 vão jogar? Por exemplo, a Itália ganhou em 2006 com 60% de seus gols saindo de bolas paradas. Não tenho dúvida que habilidade técnica fará a diferença, assim como a habilidade de jogar como um time. É isso que esperamos para o Brasil, que tem o talento individual em Neymar, Coutinho e Gabriel Jesus. Mas você não pode ignorar o aspecto coletivo e isso se aplica para todos os times", avaliou.

Olhando para o passado, Parreira comentou sobre os aspectos mais notáveis na evolução do futebol desde a Copa do México em 1970: "Essa pergunta é muito feita e os nostálgicos dirão que o futebol era mais bonito e mais agradável de assistir, enquanto o de hoje é mais robótico e apressado. Eu não vejo desta forma. Houve uma transformação. É diferente, muito diferente. Até a Copa de 1966 na Inglaterra, você jogava e eles deixavam você jogar. O que se destacava era o talento individual. E então a grande revolução veio depois de 1966: 'jogue e não deixe eles jogarem'. Atacantes começaram a fazer trabalhos defensivos, o espaço foi comprimido, o jogador com a bola era pressionado e tudo acelerou", explicou.

"O que me fascina hoje é o ritmo com que se transita entre defesa e ataque. É incrível! Em 1970, os jogadores corriam entres quatro e seis quilômetros e hoje correm entre 12 e 14. Fico feliz em ver que as táticas mudaram, mas sempre diremos que a essência do jogo é o talento. Talento sempre faz a diferença. Se quiser ganhar a Copa do Mundo, sempre terá que ter dois ou três jogadores de destaque: um Neymar, um Messi, um Cristiano Ronaldo. Eles sempre farão a diferença, o que é bom para o futebol", completou.

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