De volta, Del Nero condena achismos e defende transparência da CBF
Por Redação
13/04/2016 às 10:03 • Atualizado: 13/04/2016 às 10:06
São Paulo, SP
Às vésperas de completar uma semana de seu retorno ao cargo de presidente em exercício da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero rechaçou as suposições feitas a seu respeito e voltou a defender sua manutenção no poder, dando garantias com relação à transparência e à lisura das contas da entidade.
Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, nesta quarta, Del Nero – que deixou o cargo em dezembro, cedendo espaço de forma provisória a Marcus Vicente, e depois a Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes – reiterou o equilíbrio do quadro político da CBF aproveitando para negar todas as acusações.
“Não aceito acusações sem provas e muito menos ilações sobre fatos não ocorridos. Antes de eu provar minha inocência, precisam provar minha culpabilidade com fatos concretos e não ‘achismos’”, declarou.
Desde o fim de 2015 o ex-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) está sob a mira da investigação que corre na Justiça norte-americana com o apoio do FBI. Correm também no Comitê de Ética da Fifa e na CPI do Futebol, no Senado Federal, ações contra a figura de Del Nero.
Ao lado de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, e José Maria Marin – em prisão domiciliar nos Estados Unidos – o atual mandatário da CBF é acusado de engendrar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo direitos de transmissão de torneios sul-americanos.
No entanto, seguiu garantindo que a entidade máxima do futebol brasileiro está isenta de irregularidades fiscais.
“Ao contrário de outras organizações que sempre, por má administração, estão a dever e com dificuldades financeiras para cumprir suas obrigações, a CBF está com seus balanços auditados por empresa respeitável no mercado e ainda assim trabalha com transparência na distribuição dos recursos”, garantiu.