Projeto de reforma do futebol inglês é vetado por unanimidade por clubes da Primeira Divisão
Por AFP
14/10/2020 às 13:22 • Atualizado: 14/10/2020 às 18:08
São Paulo, SP
Esta reforma, sugerida pelos proprietários do Liverpool e do Manchester United, previa uma redução para 18 do número de clubes na elite e uma nova divisão dos direitos de transmissão, revelou a imprensa inglesa no domingo, provocando uma forte rejeição da entidade que organiza o campeonato e dos clubes por não terem sido consultados.
O governo britânico também se opôs. O primeiro-ministro Boris Johnson denunciou "manobras de bastidores que minam a confiança na governança do futebol".
A Premier League especificou em seu comunicado que agora "trabalhará como um coletivo de 20 times em um plano estratégico para as estruturas futuras e financiamento do futebol inglês", "consultando todas as partes" e sob "um processo aberto e transparente".
A estrutura das competições, o calendário, a governança e a solidez financeira dos clubes serão afetados, e tanto os torcedores como a Liga Inglesa de Futebol (EFL) farão parte.
A maioria dos clubes da EFL apoiou o projeto 'Big Picture', de acordo com seu presidente Rick Parry, que no passado dirigiu o Liverpool e a Premier League.
O projeto prevê a transferência imediata de 250 milhões de libras (275 milhões de euros) aos 72 clubes que integram desde a Championship (2ª divisão) à Liga Dois (4ª divisão), uma ajuda impossível de ser rejeitada por clubes à beira da falência devido à crise econômica causada por covid-19.
Como medida de assistência, a Premier League divulgou na quarta-feira que iria desbloquear 50 milhões de libras (55 milhões de euros) para os clubes da Liga Um e Dois na forma de doações e empréstimos sem juros para "garantir que nenhum clube quebre".
A Premier já havia desbloqueado uma primeira ajuda de emergência de 27,2 milhões de libras (30 milhões de euros) nesta temporada, à qual acrescenta esses 50 milhões de libras.