Romário fala em ‘gol contra’ do Senado e torce por revisão de medida
Por Redação
08/04/2016 às 14:44
São Paulo, SP
O senador Romário Faria (PSB-RJ), responsável por presidir os encontros da CPI do Futebol em Brasília (DF), foi um dos parlamentares que lamentou profundamente a decisão do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), em negar depoimento a nomes como Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira.
Em entrevista à ESPN Brasil nesta sexta, Romário esclareceu o entrevero na última sessão da comissão parlamentar. Segundo o presidente, o requerimento de convocação foi aprovado de forma unânime pelos presentes na sessão. No entanto, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi o único a formular um questionamento à iniciativa.
A discussão tramitou até a presidência do Senado Federal, representada na figura de Renan Calheiros, um dos alvos da crise político-institucional vivida pelo Brasil nos últimos tempos. Um recurso por parte da CPI deve ser julgado na Comissão de Constituição, Cidadania e Juventude (CCJ) na próxima semana.
“Para a tristeza do futebol, o Renan acatou o pedido e anulou essa convocação. Foi um gol contra do nosso presidente. Fiquei bastante perplexo com a decisão, mas por outro lado ainda temos chances de reverter isso. Alguns senadores foram contrários à decisão do presidente”, comentou Romário, deixando claro o racha entre alguns parlamentares.
Além do presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, e do ex-mandatário, Ricardo Teixeira, outros convocados para a sessão da CPI são o empresário Wagner Abrahão – que é responsável por planejar as logísticas de viagens da Seleção há pelo menos 20 anos – e o atual vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó.
“Não entendo porque algumas pessoas são contrárias a isso. Esperamos que essa decisão seja desfeita para que a gente possa continuar fazendo um trabalho que vem sendo muito positivo para o futebol brasileiro. A outra bancada é majoritária e conseguir vitórias assim é sempre difícil”, declarou.
De acordo com a explicação do senador, a investigação conduzida internamente avançou na direção destes nomes após quebras de sigilo bancário e telefônico obtidos com ajuda do Banco Central e da Polícia Federal.