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Frente à polêmica, dono de parte do passe de Neymar se diz traído

São Paulo, SP

Publicação 04/02/16 | 14:25 - Atualização 18/12/16 | 16:45

Sonda defendeu seus interesses enquanto investidor  dois dias após Neymar depor à Justiça (Foto:Divulgação)
Sonda defendeu seus interesses enquanto investidor dois dias após Neymar depor à Justiça (Foto:Divulgação)

Em meio às especulações que voltaram a rondar a figura pública de Neymar, Delcir Sonda, sócio fundador do grupo que detém a DIS, fundo de investimento com direito a 40% do passe do atleta à época, não escondeu a frustração diante do cenário conturbado.

Em coletiva de imprensa concedida em Madri, nesta quinta, Sonda admitiu que se sente traído pelo jogador e seu pai, Neymar, responsável por avalizar os contratos. Segundo o empresário, além de não ter sido avisado das negociações, também ficou refém da manipulação de valores que vem sendo investigada pela Justiça espanhola.

“Me sinto traído moral e economicamente. Me sinto vítima de um assalto”, declarou Sonda, que revelou uma oferta do pai de Neymar de cerca de 4 milhões de euros para adquirir os 40% correspondentes a DIS, quando o passe do jogador já rondava os 70 milhões de euros no mercado internacional.



O fundo de investimento coordenado por Sonda defende que foi prejudicado em duas frentes. Apesar de, na época da negociação, ter recebido cerca de 6,8 milhões de euros – dos 17,1 milhões repassados ao Santos -, a DIS afirma que foi desconsiderada em contratos que ocultam o real valor da transação, principal objetivo de investigação por parte da Justiça.

O grupo de investimento também reitera que a exclusividade entre Santos e Barcelona minou eventuais ofertas de outros clubes.“Delcir (Sonda) só soube da transação pela imprensa. Nem o Santos, nem o Barcelona e nem o Neymar o contaram sobre esse assunto. Ele tem uma participação no negócio e ficou sem saber o que aconteceu. Ainda não sabemos qual o real valor da transação”, disse José Barral, diretor do grupo Sonda, presente na coletiva.

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