Múltiplos atentados ocorreram em áreas próximas ao Stade de France e em outras regiões de Paris na noite desta sexta-feira, no maior ataque terrorista da história da França. Os ataques foram registrados durante o amistoso entre as seleções da França e da Alemanha. O presidente francês, François Hollande, precisou ser retirado às pressas do estádio. A polícia francesa estima em mais de 120 mortos contando todos os ataques. Há dois brasileiros entre os feridos, comunicou o Itamaraty.
A polícia informou que dois ataques suicidas provocaram explosões próximas a um dos portões de acesso ao Stade de France. Uma bomba causou uma terceira explosão no local. É possível ouvir o barulho de uma delas em um vídeo divulgado na internet com a transmissão do jogo. Ao fim da partida, que transcorreu normalmente, o acesso ao gramado foi liberado para parte do público se refugiar. Pelo menos quatro pessoas morreram no Stade de France.
O dia já havia começado tenso em Paris após a seleção da Alemanha precisar ser evacuada do hotel onde se hospedava por conta de uma falsa ameaça de bomba. Há relatos de ao menos três ataques na capital francesa. Um deles, em um restaurante, teria sido provocado por um terrorista com uma arma automática. Segundo o jornal francês Libération, ao menos quatro corpos foram encontrados no estabelecimento, próximo à Praça da República.
Outro atentado ocorreu perto da casa de espetáculos do Bataclan, onde uma banda norte-americana se apresentava. De acordo com os relatos de testemunhas, dois terroristas entraram armados no local e abriram fogo contra o público. Eles mantiveram cerca de 100 reféns no estabelecimento por algumas horas. O cárcere teve fim após uma operação policial culminar na morte dos radicais. A polícia francesa estima em mais de 100 mortos somente no local. A região é próxima do antigo escritório do periódico Charlie Hebdo, onde 12 pessoas morreram em um atentado ocorrido em janeiro.
Após uma reunião de crise com membros do governo, Hollande se manifestou publicamente sobre os atentados em um discurso televisionado. O presidente decretou um toque de recolher em Paris e o fechamentos das fronteiras da França. "A França precisa ser forte. Os terroristas querem nos deixar assustados. Diante do terror, nós precisamos ficar unidos", disse.
Em pronunciamento oficial na Casa Branca, o presidente norte-americano Barack Obama prestou solidariedade às vítimas parisienses e disse que oferecerá apoio ao governo francês para "levar os terroristas à Justiça". "Esse não foi um ataque contra as pessoas da França, mas um ataque contra toda a humanidade e os valores universais que compartilhamos", afirmou. Segundo o jornal britânico The Guardian, os serviços de inteligência dos Estados Unidos acreditam que os atentados foram coordenados.
O amistoso com a seleção da Inglaterra, marcado para a próxima terça-feira, em Londres, deve ser cancelado por conta dos ataques.
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