Jogadora de basquete norte-americana detida na Rússia é transferida para prisão da Mordóvia - Gazeta Esportiva
Jogadora de basquete norte-americana detida na Rússia é transferida para prisão da Mordóvia

Jogadora de basquete norte-americana detida na Rússia é transferida para prisão da Mordóvia

Gazeta Esportiva

Por AFP

17/11/2022 às 22:16 • Atualizado: 17/11/2022 às 22:28

São Paulo, SP

A jogadora de basquete Brittney Griner foi transferida para uma colônia penal em Mordóvia, no centro da Rússia, para cumprir sua pena por "tráfico de drogas", anunciaram seus advogados nesta quinta-feira.

"Brittney começou a cumprir sua sentença na [colônia penitenciária] IK-2 na Mordóvia", uma região conhecida por suas prisões e clima severo, informaram os advogados Maria Blagovolina e Alexander Boykov em comunicado, acrescentando que visitaram sua cliente esta semana.

A atleta americana de 32 anos "está bem na medida do possível e tenta se manter forte e se adaptar ao novo ambiente", acrescentaram, enfatizando que Griner estava passando por um "período muito difícil".

Sua transferência ocorreu após a rejeição de um recurso. Ela foi condenada a nove anos de prisão em agosto por "tráfico de drogas", depois de ser detida em fevereiro em um aeroporto de Moscou na posse de um cigarro eletrônico contendo óleo de cannabis.

Seus seguidores denunciam que a pena é excessiva e politicamente motivada, diante de uma possível troca de prisioneiros entre Moscou e Washington, cujas relações se tensionaram fortemente com a guerra na Ucrânia.

Na semana passada, a Casa Branca disse que "cada minuto que Brittney Griner tem que aguentar uma detenção arbitrária na Rússia é demais".

A colônia penal IK-2, abreviação em russo de "colônia correcional número 2", está localizada na cidade de Yavas, na Mordóvia, cerca de 500 km a sudeste de Moscou, e tem mais de 800 presos.

As colônias penais russas têm a reputação de maltratar seus detentos, que muitas vezes vivem em locais insalubres e superlotados, sem acesso a cuidados adequados.

As ONGs de direitos humanos denunciam rotineiramente abusos e torturas cometidas nas prisões russas.

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