Felipão recorda processo para recuperação de Ronaldo na Copa de 2002 - Gazeta Esportiva
Felipão recorda processo para recuperação de Ronaldo na Copa de 2002

Felipão recorda processo para recuperação de Ronaldo na Copa de 2002

Gazeta Esportiva

Por Redação

30/06/2022 às 11:29 • Atualizado: 30/06/2022 às 13:00

São Paulo, SP

Nesta quinta-feira, o pentacampeonato da Seleção Brasileira, conquistado na Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e Japão, está completando 20 anos. Em entrevista coletiva, o técnico que comandou o Brasil no torneio, Luiz Felipe Scolari, falou sobre o processo para recuperação física de Ronaldo, grande nome da campanha.



O atacante tinha sofrido uma grave lesão no joelho em jogo da Inter de Milão em 2000, passado por cirurgia e fisioterapia nos dois anos seguintes. Portanto, estava completamente sem ritmo de jogo.

"Quem tem muito mérito nessa recuperação do Ronaldo não sou eu, são as pessoas que estavam comigo e são as pessoas que nos ajudaram. Eu posso dizer que quando começamos a pensar no Ronaldo, falamos com o Doutor Runco, falamos com o Paulo Paixão, falamos com nosso fisiologista da época, e depois fomos à Itália com o Héctor Cúper, que era seu treinador naquela oportunidade e que, quando mais tarde solicitado, o Héctor Cúper nos disse 'eu vou te liberar ele sim, um mês antes, para que tu faças o trabalho com ele'. O Ronaldo, em 60% de condições, ele pode te dar a Copa, é um jogador fantástico e tudo mais", começou dizendo Felipão.




"Bom, ai começamos a trabalhar, começamos aquele mês todos que tínhamos antecipado do Ronaldo, fazê-lo acreditar que poderia estar recuperado, e isso era obra do Doutor Runco, do preparador físico, do Paulo Paixão, conseguindo trazer o Ronaldo um mês antes, o colocaram a trabalhar em separado num clube para que ele fizesse a parte física integralmente e tivesse condições de ir à Copa. Ele aceitou uma série de detalhes que foram impostos a ele pelo Doutor Runco, pelo Paulo Paixão, pelo fisiologista, pela nutrição, para que ele estivesse em condições físicas ideais e se preparou mentalmente para aquela recuperação. Por isso nós tivemos o Ronaldo muito bem na Copa, por isso tivemos um ambiente com o Ronaldo em que ele estava realmente tranquilo para a Copa", expliou o atual técnico do Athletico-PR.



"Um detalhe, no último jogo, em que jogamos com a Alemanha, eu fui perguntar ao Doutor Runco 'como eu trabalho com o Ronaldo agora', porque quatro anos tinha acontecido um problema no jogo final (Ronaldo teve uma convulsão no dia da final contra a França em 1998), ele disse 'não menciones, não fales, é uma situação ultrapassada, nunca conversamos dentro da nossa seleção, deixa ele a vontade', e nós o deixamos a vontade e ele foi aquilo que foi no campeonato inteiro, e principalmente no último jogo com os dois gols. Foi isso tudo que foi feito para que o Ronaldo tivesse a condição de jogar", finalizou o treinador.



 

Ronaldo acabou sendo o artilheiro da Seleção Brasileira e da Copa do Mundo no geral, com oito gols marcados em sete jogos. Anotou o tento da vitória por 1 a 0 sobre a Turquia na semifinal, e os dois do triunfo por 2 a 0 contra a Alemanha na grande decisão.

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