O candidato à presidência do São Paulo Julio Casares opinou nesta quarta-feira sobre a Medida Provisória nº 984, que altera o modelo de negociação dos direitos de transmissão das partidas. A iniciativa assinada pelo Governo Federal no mês de junho faz com que os clubes mandantes tenham maior autonomia, detendo os direitos de arena do jogo.
Em entrevista ao Esporte Interativo, Julio Casares apontou que a medida abre uma discussão para novos formatos. No entanto, o candidato defende que os contratos já assinados devem ser mantidos, e as empresas que tradicionalmente investem no futebol precisam ser respeitadas.
"Primeiro eu acredito sempre em segurança jurídica, contrato é feito para ser cumprido. Eu não gosto de definições de cima para baixo. Acho que todo mundo deve discutir na mesma mesa. Os clubes devem valorizar seus conteúdos através do streaming, da internet, isso é normal, mas devemos respeitar contratos e respeitar aquelas empresas que patrocinam o futebol há muito tempo, você não pode descartar isso" disse Casares.
"O que precisa estabelecer é uma grande discussão, para que isso seja bom para todo mundo, seja bom para o mercado, para o clube e os detentores de direitos, seja na tv aberta, fechada ou no streaming. Para mim, o formato é errado. O formato traz essa questão emocional da vantagem individual. Acho que despertou o assunto e deve ser objeto de uma discussão ampla, mas garanto que o o São Paulo honra os contratos e sabe reconhecer o valor de cada empresa que investe em futebol. Tem que valorizar o conteúdo, discutir a questão do streaming, mas não pode rasgar contrato e ignorar quem sempre investiu no São Paulo", completou o candidato à presidência do São Paulo.
Os impactos da Medida Provisória nº 984 já têm sido observados no Campeonato Carioca, com o Flamengo transmitindo partidas por meio de seu canal no YouTube.
