A Coreia do Sul foi o primeiro país do mundo a liberar o futebol após o controle da pandemia do novo coronavírus. A bola rolou no último fim de semana, com seis jogos.
O atacante Gustavo Vintecinco, do Busan Ipark, contou como foi entrar em campo na derrota por 2 a 0 para o Pohang Steelers, no domingo.
"O que mudou foi o protocolo de entrada em campo. A gente entra sem se cumprimentar. Todos os que estão fora usam máscaras, até o quarto árbitro. Na reunião antes do jogo começar não há abraço, e só se cumprimenta com soquinho na mão, sem muito toque", disse Gustavo, à Gazeta Esportiva.
A forma como a Coreia "superou" o coronavírus surpreendeu o brasileiro. O elenco precisou ficar confinado por quase um mês, longe da família.
"Como estamos próximos da China, isso surpreendeu a todos. Como controlaram o coronavírus muito rápido. População teve grande parte, todos respeitaram, só saiam para o necessário. Só tinha movimento no mercado mesmo e de quem precisava sair para trabalhar", afirmou.
"Não ficamos parados. No pico do coronavírus estávamos na Tailândia. Quando voltamos, todos os jogadores ficaram no clube, não fomos para casa. Quase um mês no clube, todos", completou.
Gustavo Vintecinco atuou por três anos nas categorias de base do Santos e foi companheiro de Gabigol.
"Comecei a jogar no Santos em 2006. Fiquei até 2009 e joguei com uma oportunidade legal. Victor Andrade, Gabigol, Lucas Ybom... E viajávamos com os de 1994 também, como Diego Cardoso, Lucas Otávio... Foram anos mágicos no Santos, depois fui para Jabaquara, São Bernardo, Santo André, XV de Jaú, Mogi Mirim... Dei uma rodadinha, conheci pessoas do bem e pude amadurecer no meio do futebol", concluiu.
Gustavo tem 25 anos e está na Coreia do Sul desde 2019. Antes de reforçar o Busan, o atacante passou pelo Ansan Greeners.
