Santos teve 2019 de bom futebol, oscilação e sentimento de "quase" - Gazeta Esportiva
Santos teve 2019 de bom futebol, oscilação e sentimento de "quase"

Santos teve 2019 de bom futebol, oscilação e sentimento de "quase"

Gazeta Esportiva

Por Redação

01/01/2020 às 08:00

Santos, SP

Santos teve 2019 de bom futebol sob o comando de Jorge Sampaoli (Foto: Ivan Storti/Santos FC)


O Santos teve um 2019 de altos e baixos. A expectativa no início, principalmente depois das saídas de Bruno Henrique e Gabigol, pouco antes do anúncio da venda de Rodrygo, não era grande. Mas passou a ser por causa de Jorge Sampaoli.

O Peixe do argentino teve garantia de bom futebol - ou a menos a tentativa de jogar para frente, de forma ofensiva dentro e fora de casa. E esse estilo teve seus efeitos colaterais.

A primeira frustração ocorreu na Sul-Americana, com a eliminação no Pacaembu para o modesto River Plate (URU). O Alvinegro empatou fora e foi surpreendido em contra-ataque. O 1 a 1 não bastou e comprometeu o planejamento para a temporada.

No Campeonato Paulista, o desempenho foi geralmente satisfatório. Sampaoli rodou o elenco e sofreu goleadas para Ituano e Botafogo, porém, jogou de igual para igual os clássicos e empolgou o torcedor. Só que na semifinal veio mais uma decepção.

O Santos fugiu de sua característica e perdeu por 2 a 1 em Itaquera para o Corinthians. Na volta, venceu por 1 a 0, teve chances de se classificar no tempo normal e acabou derrotado nos pênaltis.

O caminho na Copa do Brasil teve bom início, superando (com dificuldades) o América-RN, Atlético-GO e Vasco. A terceira eliminação em casa e novamente no Pacaembu aconteceu diante do Atlético-MG. O Peixe empatou em Minas e perdeu nos seus domínios depois de abrir o placar e continuar no ataque.

Depois de três quedas em quatro meses, o Santos se preparou para o Campeonato Brasileiro com tempo. O total teve 14 reforços, incluindo nomes de peso como Cueva e Uribe. Os mais caros badalados, curiosamente, foram os que menos renderam. Everson, Pará, Felipe Jonatan, Evandro, Soteldo e Marinho terminaram o ano como titular.

O Peixe fez primeiro turno ótimo, chegou a ter sete vitórias consecutivas, e oscilou. A vantagem de cinco pontos na liderança virou um abismo para o Flamengo no segundo turno e o vice-campeonato acabou honroso, numa espécie de "título moral" diante de tantas dificuldades técnicas, financeiras e administrativas, com atraso de salário e discussões públicas entre o presidente José Carlos Peres e o técnico Jorge Sampaoli, por exemplo.

A temporada terminou com aquele gostinho de quero mais no torcedor: 4 a 0 contra o campeão Flamengo na Vila Belmiro. Um dia depois, porém, Sampaoli pediu demissão. A sorte do Santos é ter um terreno aparentemente fértil para seguir buscando muitos gols (e também títulos) em 2020, agora com o português Jesualdo Ferreira.


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