Jemerson analisa equilíbrio do Campeonato Francês e sucesso de Mbappé - Gazeta Esportiva
Jemerson analisa equilíbrio do Campeonato Francês e sucesso de Mbappé

Jemerson analisa equilíbrio do Campeonato Francês e sucesso de Mbappé

Gazeta Esportiva

Por Pedro Nascimento*

27/07/2019 às 11:00

São Paulo, SP

Jemerson está no Monaco desde janeiro de 2016, quando foi contratado por cerca de 11 milhões de euros (cerca de R$ 45 milhões). Aos 26 anos, é peça importante do sistema defensivo da equipe do principado, que tem o grande desafio de disputar uma competição monopolizada pelo poderoso Paris Saint-Germain.

Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, Jemerson afirma que a disputa é de fato desigual, por conta do alto investimento feito em contratações. Apesar disso, o defensor acredita que o Campeonato Francês tem características semelhantes a outros torneios, como o espanhol e o português.

"É complicado, porque querendo ou não o Paris forma uma equipe muito qualificada. Sem desrespeitar as outras equipes, mas eles investiram bastante. Então é complicado quando enfrenta equipes assim", admitiu o zagueiro. "Mas em outros países, como na Espanha, você só tem o Barcelona, o Real Madrid, e vez ou outra o Atlético, mas geralmente fica entre os dois. Em Portugal também, são equipes grandes. O Paris investe mais do que os outros, por isso tem essa vantagem no final do campeonato".




Na temporada de 2016/17, o Monaco conseguiu um feito destacável, conquistando o Campeonato Francês e desbancando o amplamente favorito PSG. Naquela equipe, atuavam jogadores como Mendy, Fabinho, Bakayoko, Bernardo Silva, Lemar e Mbappé, que foram negociados com grandes clubes europeus. Jemerson acredita que foi um "ano perfeito" para o time do principado.

"Acho que tudo deu certo pro Monaco. E deu certo pro Paris também, tanto que ficamos só a oito pontos de vantagem. Mas aquele ano pra gente foi muito bom. A maioria daqueles jogadores que foram campeões saíram, só devem ter uns cinco que sobraram. Foi um conjunto, a equipe já vinha reformulando, com contratações de jogadores jovens que tinham futuro. Foi um ano perfeito", relembrou o jogador.

O Monaco chegou à semifinal da Liga dos Campeões na temporada de 2016/17. Eliminando Manchester City e Borussia Dortmund, a equipe parou apenas na Juventus. Titular na campanha da competição continental, Jemerson relata que o ambiente de um jogo de Champions League é distinto dos demais, remetendo a recordações de sua infância.

"É uma competição diferente. Você pode estar calmo, tranquilo antes do jogo aquecendo. Mas quando toca a música... é diferente. Aí vem aquelas lembranças, de quando era criança e assistia os grandes jogos. O clima é muito emocionante, só quem joga sabe o sentimento que é estar em uma partida de Liga dos Campeões", disse o defensor.



O fenômeno Mbappé

Jemerson conviveu com Mbappé durante um ano e meio no Monaco, antes do atacante ser contratado pelo PSG. Para o zagueiro, o grande diferencial do jovem francês é seu foco e obstinação. O defensor acredita que Mbappé possa brigar pela premiação de melhor jogador do mundo caso evolua ainda mais nas próximas temporadas.

"Ele tem uma qualidade que todo mundo sabe, além de ser muito centrado. Ele sabe onde quer chegar e trabalha para isso. Tem um dom, trabalha esse talento no dia a dia, então só tem a evoluir cada dia mais. A evolução que ele tem demonstrado no Paris é muito grande", analisou Jemerson.

"Acho que sim, depende do desempenho da equipe. Ir bem na Liga dos Campeões, jogar na seleção, tudo isso conta. Mas com a qualidade dele, com a quantidade de gols que ele tem feito, se continuar assim com certeza vai estar brigando para ser o melhor do mundo", completou.

Perguntado sobre qual jogador mais lhe trouxe dificuldade na marcação em toda sua carreira, Jemerson logo citou Mbappé. Além do atacante francês, o zagueiro também apontou Guerreiro, hoje no Internacional, como um dos jogadores que mais lhe trouxe trabalho na defesa.

"O Mbappé é um deles. O Neymar nem tanto, porque não teve muito confronto, já que ele joga em uma parte do campo diferente da minha. Eu falo muito do Guerrero, que está no Internacional, que me deu muito trabalho. Os outros jogadores dão trabalho, mas de uma forma diferente, não fisicamente", finalizou o zagueiro.

Especial para a Gazeta Esportiva*

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