"Acho que tudo tem um ciclo. Imagino que cada ciclo seja de quatro anos, e eu completei dois ciclos por Mogi. Foram oito anos maravilhosos. Eu sempre tive comigo uma filosofia que a partir do momento que eu não tivesse com a mesma pegada, a mesma motivação para treinar e viver aquela rotina de atleta, que é cansativa e desgastante, acho que não teria mais sentido eu fazer parte de uma equipe profissional", explicou Filipin.
"Tive uma conversa bacana com o Nilo [secretário de esportes de Mogi das Cruzes e gestor do time de basquete], e ele me deixou bem à vontade para tomar uma decisão. Não foi nada imposto pela diretoria ou comissão técnica, ou eu que cheguei e falei. Foi uma decisão conjunta", completou.
Pelo Mogi, Filipin disputou 470 partidas ao longo das oito temporadas, conquistando a Super Copa Brasil 2012, que garantiu o acesso do time ao NBB, além do Campeonato Paulista e a Liga Sul-Americana, ambos em 2016. Na temporada de 2017/18, esteve presente nas campanhas de vice-campeonatos do NBB e da Liga das Américas.
O futuro de Filipin ainda é incerto. Além da possibilidade de atuar por outra equipe, o ala também tem conversas com a diretoria do time mogiano para assumir uma função dentro do clube. O jogador tem uma escolinha de basquete na cidade interiorana. O projeto, inclusive, recebeu a chancela da NBA, na última quinta-feira, e passou a ser uma unidade licenciada da liga norte-americana de basquete no Brasil.
"Falo para todo mundo que hoje eu sair de Mogi, tirar a minha família e deixar tudo que conquistei aqui, tem que ser algo que vale muito a pena. No momento não tem nada que pode me tirar de Mogi. Não descarto [seguir atuando por outra equipe], mas ao mesmo tempo sei que é uma possibilidade remota", afirmou o jogador.