Com 14 medalhas paralímpicas, André Brasil é considerado inelegível para natação
Por Redação
24/04/2019 às 20:22 • Atualizado: 24/04/2019 às 20:33
São Paulo, SP
André Brasil não deixou que a situação passasse em branco e usou as redes sociais para se manifestar. "Indignação, revolta, tristeza... uma história apagada em um dia... somos tratados como números de pontos na classificação e não como seres humanos. Isso é o que chamamos de esportivo paralímpico?", escreveu o atleta.
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) também utilizou as redes sociais para se manifestar. O nadador coleciona 14 medalhas, sendo sete de ouro, cinco Campeonatos Mundiais e três jogos ParaPan-Americanos, sendo quatro vezes recordista mundial. De acordo com a entidade, André não perde as medalhas já conquistadas ao longo de sua carreira.
"O CPB está ao lado de André Brasil e compartilha sua frustração ao ser classificado como inelegível. Não cremos que seus 14 anos no Movimento Paralímpico foram uma mentira. Entendemos que foi submetido a uma grande injustiça e o apoiaremos para restaurar a justiça e a igualdade", disse o COB pelo Twitter.
Com 34 anos, André Brasil passou por uma reclassificação porque iria participar do Open Internacional, competição que será disputada em São Paulo, entre quinta-feira e sábado, com competidores de todo o planeta. A reclassificação internacional é obrigatória, é um procedimento de análise para os atletas com deficiência funcional na reclassificação em normas aprovadas pelo Comitê Paralímpico Internacional.
Na reclassificação realizada nesta quarta, o nadador foi considerado fora do padrão da classe S10, a mais alta das funcionais. Dessa forma, André não tem nenhuma deficiência, de acordo com os critérios, que vem gerando muita polêmica. Ou seja, é como se poderia na natação convencional.