Parceira da Fifa, ONG documenta 45 casos de assédio a mulheres na Copa
Por Redação
11/07/2018 às 11:10
São Paulo, SP
"Tivemos notícia de 30 incidentes de sexismo, geralmente de mulheres russas sendo assediadas por estrangeiros. É um número subestimado. E também tivemos 15 casos de jornalistas mulheres assediadas por torcedores. Alguns desses casos tornaram-se notórios no mundo todo", afirmou o presidente da instituição, Piara Powar, em coletiva de imprensa realizada para discussão de casos de discriminação ao longo deste Mundial.
Dentre os casos mais famosos citados pelo presidente da Fare Network, estão o dos brasileiros que assediaram uma mulher russa com uma música machista, de alusão ao órgão genital feminino, e os episódios de torcedores tentando beijar repórteres enquanto estas trabalhavam, ao redor de estádios e em pontos de circulação de torcida.
Atitudes como essas são inaceitáveis e já deviam ter deixado de existir há anos. Em um esporte tão plural como é o futebol, todos merecem espaço, independentemente de raça, etnia, sexo ou gênero. Se, em 2018, os ocorridos mostraram que nem todos podem aproveitar uma Copa do Mundo sem que sejam alvos de desrespeito e discriminação, é sinal de que ainda há muita coisa para mudar. E que em 2022, no Qatar, o controle sobre os casos seja ainda maior.