Dorival admite Palmeiras superior e pontuação vexatória do São Paulo - Gazeta Esportiva
Dorival admite Palmeiras superior e pontuação vexatória do São Paulo

Dorival admite Palmeiras superior e pontuação vexatória do São Paulo

Gazeta Esportiva

Por Redação

09/03/2018 às 00:03 • Atualizado: 09/03/2018 às 04:34

São Paulo, SP




O técnico Dorival Júnior, do São Paulo, admitiu a superioridade do Palmeiras na derrota por 2 a 0 durante a noite desta quinta-feira, no Palestra Itália. Surpreendido com a intensidade do rival desde o início do Choque-Rei, o treinador negou que seu time tenha entrado em campo com postura apática, contudo.

“O jogo foi de uma equipe só. Temos de reconhecer que o Palmeiras foi superior do primeiro ao último minuto. A equipe que jogou era a que vinha atuando e fazendo os resultados”, avaliou Dorival, em entrevista coletiva.

"Não é entrar apático. Entramos e a postura que o Palmeiras teve foi uma situação que nos vemos apertados desde o primeiro lance da partida. Esse foi o ponto principal que causou um desequilíbrio grande. Recuamos três bolas para o Jean em três minutos e ele deu chutão, coisa que não acontecia nos outros jogos”, acrescentou.

No primeiro Choque-Rei da temporada, o Palmeiras abriu o placar logo aos nove minutos com gol do zagueiro Antônio Carlos, de cabeça, após cobrança de escanteio. O segundo ocorreu aos 31, quando Éder Militão saiu errado e viu Borja aproveitar o rebote do voleio de Victor Luis.

Na etapa final, com as entradas de Tréllez, Nenê e Shaylon nas vagas de Brenner, Marcos Guilherme e Hudson, o time melhorou e criou chances de gol. No entanto, as desperdiçou e não conseguiu reagir na partida válida pela 11ª e penúltima rodada do Campeonato Paulista.

“A produção da primeira etapa não satisfazia ninguém e tivemos de fazer uma mudança radical para mexer com o time e com o brio de todos no intervalo. Foi o que tentamos fazer. Saíram três e poderiam ter saído outros três. Tínhamos de tentar algo para melhorar o que mostramos, muito aquém do que em outros momentos", explicou.



Com o resultado, o São Paulo segue sem jamais ter vencido dentro da arena alviverde, onde o Palmeiras venceu os seis clássicos disputados desde 2015. Para piorar, esta foi a terceira derrota da equipe em três embates com os seus arquirrivais na temporada. Cada vez mais pressionado no cargo, Dorival voltou a se defender ao repetir o discurso otimista das últimas coletivas de imprensa.

“Procuro fazer meu trabalho e dou o meu melhor. Alguns resultados não nos agradam, principalmente a forma como foi construído o resultado de hoje. Mas acredito que coisas boas ainda podem acontecer. Não é normal perder clássicos dessa maneira. Estamos chateados, mas confiantes sempre. O trabalho não se resume a algumas partidas e muita coisa pode acontecer”, frisou.

Apesar do revés, com meros 14 pontos ganhos, o São Paulo se classificou para enfrentar o São Caetano nas quartas de final do Paulista. Para efeito de comparação, a pontuação tricolor é mais baixa do que a do Bragantino (16), que ocupa o terceiro lugar do Grupo A. E Dorival reconheceu a fraca campanha de seu time.

“Sei que, para um time como o São Paulo, o número de pontos desse primeiro turno é vexatório. Não jogo a responsabilidade para ninguém. A diretoria tem acompanhado o trabalho no dia a dia e estamos nos entregando de todas as formas. É natural que eu tenha de reconhecer que o número de pontos está muito abaixo para o que seria aceitável", analisou.

Agora, o treinador terá a sua permanência no cargo novamente discutida pela diretoria em reunião que deverá acontecer na manhã desta sexta-feira, no CT da Barra Funda. Dorival, entretanto, disse contar com o respaldo dos dirigentes e voltou a reclamar do calendário nacional.

“A pressão faz parte do dia a dia e do trabalho. Vou conviver ganhando ou perdendo. No momento mais importante do São Paulo (briga contra o rebaixamento no Brasileirão de 2017), a diretoria confiou no meu trabalho. Estamos em uma sequência que infelizmente não nos dá chance de trabalhar o time. Sinto falta disso, mas tenho de conviver, porque não teremos respiro até a parada da Copa do Mundo”, concluiu.

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