A situação de Carlos Sainz no Ralli Dakar sofreu uma reviravolta nas últimas horas. Após a punição de 10 minutos estabelecida ao piloto pelo acidente envolvendo o holandês Kees Koolen, os comissários da competição analisaram uma série de documentos apresentados pela Peugeot e decidiram por cancelar a imposição divulgada anteriormente, dando possibilidade para o espanhol seguir na liderança dos quadriciclo.
Durante a etapa que levou os carros de La Paz à Uyuni, Sainz e Koolen se envolveram em um acidente e o piloto da Peugeot foi acusado de "comportamento perigoso". Entre os documentos apresentados pela equipe para invalidar a punição, a telemetria do carro foi o que acabou fazendo a grande diferença e "inocentado" o líder do Dakar de uma punição que poderia comprometer seu posto.
"Na telemetria, é possível ver que Carlos segue o quadriciclo durante 12 segundos a 50 km/h e quando o quad perde controle, ele freia novamente até 37 km/h", disse Bruno Famin, chefe da Peugeot, justificando a nova decisão. "Tudo é uma questão de bom senso. Estamos felizes por terem decidido cancelar a punição, uma vez que não dispunham de todos os dados para a decisão há dois dias. Eles fizeram uma boa análise", concluiu.
Com o cancelamento da punição, Sainz segue na ponta do Ralli, com cerca de uma hora de vantagem para Stephane Peterhansel, segundo colocado. Restam três etapas para o fim da 40ª edição do Dakar.
