A Rússia é logo ali - Gazeta Esportiva
Lucas Sarti
São Paulo, SP
08/09/2017 09:00:15
 

“Próxima parada: Rússia”… a menos de um ano para a Copa do Mundo de 2018, todo jogador que sonha em participar do maior torneio de futebol do mundo gostaria de ouvir essas palavras. Um dos homens de confiança do técnico Tite, o zagueiro Gil acredita que o elenco que disputará a competição ainda está aberto, mas mantém o sonho vivo.

Às 11h (de Brasília) desta quinta-feira, Tite irá anunciar a lista dos convocados para defender o Brasil contra Equador e Colômbia, em partidas válidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas. Uma das últimas chances que o treinador terá para testar novos jogadores e definir o grupo para a Copa do Mundo.

“Isso de grupo fechado ele já deixou claro que não. Tem muita coisa pela frente ainda até a Copa do Mundo. Todos precisam continuar fazendo a sua parte, se dedicando, pois o Brasil tem muitos jogadores de grande nível. Se você acomoda, vem outro e atropela. O nível de competitividade é muito grande, e isso só faz com que a gente queira melhorar a cada dia. Cada um busca evoluir e melhorar dentro do seu clube, pois sabe que é só fazendo isso que será lembrado na Seleção”, contou Gil em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.

Gil vem sendo convocado por Tite para as Eliminatórias (Foto: Pedro Martins/MoWa Press)

Atuando há mais de um ano e meio no futebol chinês, Gil defende as cores do Shandong Luneng, equipe que conta com o também brasileiro Diego Tardelli e ocupa a quarta colocação do campeonato nacional. Apesar de não atuar em um centro tão visado do futebol mundial, o zagueiro brasileiro acredita que o “preconceito” contra jogadores que atuam na China vêm diminuindo.

“Prefiro não falar disso. Acho que as convocações do Tite têm respondido a quem ainda duvida. Ou alguém ainda discorda de Renato Augusto e Paulinho na Seleção? Acho que não. Isso foi no começo. Hoje, não creio que alguém ainda tenha dúvidas dos que estão sendo chamados, seja da China ou de qualquer outro país”, avaliou o defensor.

Companheiros de Gil em sua vitoriosa passagem pelo Corinthians, os meias Paulinho e Renato Augusto caíram nas graças dos torcedores nas últimas partidas da Seleção Brasileira, quando a equipe conquistou a classificação ao Mundial de 2018 e passou a liderar as Eliminatórias.

A primeira convocação de Gil para a Seleção aconteceu em 2014. A equipe passava por um momento de reestruturação tanto na comissão técnica, com a chegada de Dunga, quanto no elenco. Gil foi chamado para disputar dois amistosos nos Estados Unidos, contra Colômbia e Equador. Desde então, o jogador vem sendo lembrado pelo técnico Tite, que substituiu Dunga no comando da Amarelinha. Um dos homens de confiança do treinador, o defensor tem forte concorrência na posição, mas vem aproveitando suas chances.

Sem se acomodar, Gil realiza trabalho físico específico na China com o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, que o acompanha desde a época de Corinthians. Apesar do trabalho físico individual, semelhante ao que Renato Augusto realiza no Beijing Guoan, o zagueiro não acredita que é mais pressionado do que outros atletas que atuam em centros mais visados do futebol mundial.

Gil e Tite: parceria desde o tempo de Timão (Foto: Pedro Martins/MoWa Press)

“Eu sempre trabalho da mesma maneira, procurando fazer o meu melhor pelo meu clube. Foi assim por todos os lugares pelos quais passei. Ser convocado é uma consequência do que você faz no dia a dia. O Tite sabe bem como todos estão e cada um já mostrou o seu valor para estar na Seleção Brasileira”, acrescentou o jogador de 30 anos.

O carimbo de visto da Rússia no passaporte de Gil pode ficar cada vez mais próximo. Nesta quinta, Tite realiza uma das últimas convocações antes da preparação para a busca pelo hexacampeonato. Caso chame pelo nome de Gil, a Rússia, fica logo ali.