Polícia Federal investiga sobrepreço em arena da Copa do Mundo
Por Redação
06/06/2017 às 08:56
São Paulo, SP
A operação apura indícios de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro na construção da arena de Natal, no Rio Grande do Norte. A Polícia Federal crê que houve um sobrepreço de até R$ 77 milhões na construção, e Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves teriam orquestrado todo o esquema.
Tanto Cunha, quanto Alves foram presidentes da Câmara dos Deputados. Através das delações da Odebrecht e a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico da dupla do PMDB, a Polícia Federal possui provas que sinalizam o recebimento de propina por parte dos políticos. A quantia teria sido repassada pela OAS, construtora do estádio potiguar que recebeu quatro jogos do Mundial de 2014.
A PF revelou que o pagamento de propina aconteceu por meio de doações oficiais da construtora entre 2012 e 2014. Um dos investigados usou valores destinados à campanha eleitoral para fins particulares. São cumpridos 33 mandados de prisão – cinco de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e outros 22 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e também no Paraná.
A Operação Manus faz alusão ao provérbio do latim “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, que traduzido para o português seria “Uma mão lava a outra”.