Brasileiras culpam primeiro tempo ruim e já pensam no Rio-2016 - Gazeta Esportiva
Brasileiras culpam primeiro tempo ruim e já pensam no Rio-2016

Brasileiras culpam primeiro tempo ruim e já pensam no Rio-2016

Gazeta Esportiva

Por Redação

13/12/2015 às 19:47

São Paulo, SP

Brasil não conseguiu ficar na frente do placar quando mais precisou em toda a competição (Foto: Divulgação/CBHb)
Brasil não conseguiu ficar na frente do placar quando mais precisou em toda a competição (Foto: Divulgação/CBHb)


As jogadores da seleção feminina de handebol não esconderam a decepção por perderem o primeiro jogo em Mundiais após 14 partidas de invencibilidade, justamente em um duelo que valia a classificação às quartas de final da edição de 2015, na Dinamarca. Alternando entre cobranças internas e congratulações às adversárias, a avaliação das atletas teve dois pontos em comum: a má atuação no primeiro tempo e a grande noite da goleira Ungureanu.

"Acho que agente citou na maioria das entrevistas, reforçou que o campeonato tinha pelo menos 12 equipes capazes de ganhar. Elas foram melhores e a gente também teve um dia muito ruim. Nosso primeiro tempo foi muito ruim, erramos muito na defesa. É difícil falar. Era importante para ganhar confiança para a Olimpíada, mas nós vamos atrás desse título também", disse a goleira Babi, que viu caírem algumas lágrimas enquanto comentava o duelo.

"A gente não conseguiu fazer nada. Sabíamos que era um jogo para entrar firme, para matar elas, mas acabou o nosso sonho", comentou a meia esquerda Duda, a mais nervosa com o revés. "Prefiro nem falar muito porque fico brava. Sabíamos que a goleira era boa e que a Neagu faria gols. Ela podia fazer sete, oito, mas nós tínhamos que marcar as outras. Nem isso conseguimos fazer", completou a atleta, eleita melhor do mundo pela Federação Internacional de Handebol em 2014.

Jogadora da equipe romena Bucareste, a central Ana Paula foi citada indiretamente por algumas companheiras. De acordo com Dani Piedade, por exemplo, "algumas brasileiras não jogaram bem por enfrentarem companheiras de equipe". "Não tem nada a ver. A partir do momento que eu saio da minha equipe, meu time é só o Brasil", avaliou a artilheira nacional no duelo, com cinco tentos. Além dela, Mayssa, Duda, Fernanda e Alexandra atuam no país algoz das atuais campeãs mundiais.

Claramente mais frio e centrado nas suas análises, o técnico dinamarquês do Brasil, Morten Soubak, lamentou os erros ofensivos na primeira etapa. "A Romênia fez o melhor jogo delas no Mundial quando precisava, tem que dar o parabéns para elas. Nós erramos três tiros de 7m, tivemos 11, 12 chutes livres com a goleira e nós não fizemos. Se fizesse metade, estaria um ou dois gols para elas no intervalos, o que faria a diferença. Nós temos que aprender que classificar na primeira fase é ótimo, mas, no mata-mata, tem de entrar ligado desde o primeiro minuto", encerrou.

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