Morumbi fora da Copa foi maior frustração de Juvenal, diz conselheiro - Gazeta Esportiva
Morumbi fora da Copa foi maior frustração de Juvenal, diz conselheiro

Morumbi fora da Copa foi maior frustração de Juvenal, diz conselheiro

Gazeta Esportiva

Por Redação

09/12/2015 às 12:12 • Atualizado: 09/12/2015 às 13:28

São Paulo, SP

Diretor de futebol na época de Juvenal valoriza legado deixado nos dois mandatos (Foto:Djalma Vassão/Gazeta Press)
Diretor de futebol na época de Juvenal valorizou legado deixado nos dois mandatos (Foto:Djalma Vassão/Gazeta Press)


Diretor de futebol do Tricolor na época do tricampeonato brasileiro, João Paulo de Jesus Lopes admitiu que Juvenal Juvêncio teve um único porém em toda sua administração no São Paulo, feita em dois mandatos: a ausência do Morumbi entre as sedes da Copa do Mundo de 2014. Para o conselheiro, que falou à rádio Bradesco Esportes, essa é a única frustração da vitoriosa carreira do dirigente, que faleceu nesta quarta, aos 83 anos, em decorrência de câncer.

Segundo presidente mais vitorioso da história do São Paulo com cinco títulos, atrás apenas do ex-mandatário José Eduardo Mesquita Pimenta, vencedor de dez títulos na década de 1990, Juvenal participou das reformas do centro de treinamento da Barra Funda e de Cotia (SP), onde estão instaladas as categorias de base do Tricolor. Apesar de ter planejado a cobertura do Morumbi, o dirigente não concluiu os planos de levar o estádio ao Mundial.

"Algo que o frustrou, sem dúvida, foi não ter conseguido que o São Paulo fosse uma das sedes da Copa. Acho que isso foi bom para o clube, em face do endividamento que muitos tiveram. Se pode se chamar isso de frustração, acho que foi a única, disse Jesus Lopes, contando sobre a fixação de Juvenal pelo São Paulo, privilegiado em troca de qualquer reunião de família ou negócios de trabalho.

Ao falar sobre os feitos de Juvenal nos dez anos em que comandou o futebol do São Paulo - entre 1988 e 1990, e de 2006 a 2014 -, João Paulo de Jesus Lopes destacou os legados de gestão que foram deixados. Aproveitando a oportunidade, rechaçou qualquer ideia de que Juvenal era apegado ao poder político do clube e o exercia até por debaixo dos panos.

"É importante destacar o legado patrimonial dele ao clube. Nosso centro em Cotia é uma obra do Juvenal respaldada pelo então presidente na época (Marcelo Portugal Gouveia). O CT da Barra Funda tem dedo do Juvenal em todo canto. Nossa parte social é muito diferente do que era anos atrás. O Juvenal cultivava muito a ideia de que o São Paulo deveria ser o maior clube vencedor em âmbito internacional e fez isso às custas da busca por grandes atletas", declarou o conselheiro.

Quem também se manifestou publicamente foi Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que lamentou profundamente a morte de seu antigo companheiro de clube. O atual presidente do São Paulo revelou que vinha mantendo contato com Juvenal recentemente e mostrou apoio a toda família, exaltando os feitos do ex-mandatário tricolor durante os anos de serviços prestados.

"O São Paulo decretou luto oficial de três dias e nós vamos viver esse sentimento de imensa tristeza e ao mesmo tempo esse sentimento de segurança de que tudo aquilo que ele viveu faz parte da nossa história. Semana passada, quando ele já estava com dificuldades, conversei com ele por telefone e tenho estado em contato permanente com a família. Estive com ele há pouco menos de um mês, porque ele também era avesso à visitas e contatos pessoais. Respeitando tudo isso nós estivemos sempre presentes e com a família sempre”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes.

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