Vencedora do Mundial de Construtores de forma consecutiva, a Mercedes deve ficar desfalcada de uma importante peça para o ano de 2016. A montadora britânica suspeita que Benjamin Hoyle, um dos quatro engenheiros que são responsáveis pela chefia de desempenho, tenha descoberto informações confidenciais sobre os carros da equipe e divulgado nos bastidores.
Mesmo com acesso restrito a partes da sede da escuderia, em Brackley, na Inglaterra, o engenheiro conseguiu ter em mãos análises detalhadas do rendimento da equipe e, temendo uma possível divulgação do material para a rival Ferrari, a Mercedes já acionou a Justiça para ir contra o ex-funcionário.
Especulado para compor a equipe da Ferrari na próxima temporada, Hoyle, cujo contrato com a Mercedes termina neste mês de dezembro, é acusado de ter obtido, através de redes de programação, dados relativos aos danos dos motores, ao gasto por quilometragem é até às análises sobre o Grande Prêmio da Hungria e ter repassado adiante.
Curiosamente, foi na corrida de 24 de setembro que os carros da Mercedes conseguiram um dos piores resultados da temporada. Com problemas no rendimento, o agora tricampeão Lewis Hamilton sofreu para salvar o sexto lugar, enquanto o companheiro Nico Rosberg não passou da oitava posição.
Uma polêmica sobre vazamento de informações não rondava a Fórmula 1 há oito anos. Em 2007, o engenheiro NIgel Stepney, despedido da Ferrari, foi acusado de passar informações a Mike Coughlan, chefe de desenho da McLaren. O e-mail contendo as informações fundamentou um dossiê de 780 páginas que serviu para embasar a ação da escuderia italiana. Na oportunidade, os ingleses foram multados em 100 milhões de euros.
