Em reunião, Fifa confirma eleições para fevereiro e Platini deve concorrer - Gazeta Esportiva
Em reunião, Fifa confirma eleições para fevereiro e Platini deve concorrer

Em reunião, Fifa confirma eleições para fevereiro e Platini deve concorrer

Gazeta Esportiva

Por Redação

20/10/2015 às 10:49 • Atualizado: 20/10/2015 às 11:07

São Paulo, SP

Eleições são mantidas para fevereiro; propostas de reforma devem ser apresentadas em dezembro (Foto: Divulgação)
Eleições são mantidas para fevereiro; propostas de reforma devem ser apresentadas em dezembro (Foto: Divulgação)


A reunião emergencial acontecida na sede da Fifa, nesta terça-feira, em Zurique, trouxe à tona algumas mudanças e outras confirmações. Ao contrário do que estava sendo especulado na imprensa europeia, sobre um adiamento das eleições, o Comitê Executivo da Fifa confirmou a cerimônia que escolherá o novo presidente da entidade para o dia 26 de fevereiro. Sendo assim, aqueles que desejam se candidatar têm até a próxima segunda para formalizar o pedido.

Um dos responsáveis por presidir o processo de reforma na entidade, desde a desistência de Joseph Blatter em exercer o quinto mandato na presidência, o italiano Domenico Scala garantiu que, mesmo os dirigentes suspensos, poderão concorrer ao pleito caso a sanção expire antes do fim de fevereiro. É o caso de Michel Platini, à frente da Uefa desde 2007, que foi suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa por conta de um "acordo de cavalheiros" com o suíço Blatter que lhe rendeu dois milhões de francos suíços (cerca de R$ 7,7 mi).

Sancionado no início de outubro, Platini, assim como Blatter, estará livre da punição a partir de 8 de janeiro, sexta-feira que antecede à premiação da Bola de Ouro, que escolherá os melhores jogadores da temporada. Até essa data, no entanto, será impedido de fazer campanha eleitoral, enquanto seu oponente já garantido, Ali Bin Al Hussein, deve investir na busca por votos, aproveitando-se da suspensão do concorrente.

A partir desta data, é provável que o Comitê Eleitoral julgue procedente ou não a candidatura do francês, a partir da análise das investigações em curso, comandadas pela Justiça suíça. Com relação aos processos legais, a reunião apresentou outra novidade. Atendendo as propostas de Hans-Joachim Eckert e Cornel Bobérly, chefes do Comitê de Ética, o artigo 36 do código disciplinar da Fifa será alterado, para que o Comitê possa divulgar com maior liberdade e transparências as informações sobre os processos correntes.

"Tive o prazer de ver a união entre os membros do Comitê Executivo durante as nossas discussões sobre a reforma e sua importância crítica para a nossa organização e do futebol mundial. Aumentar a transparência das investigações de ética é apenas um exemplo do nosso compromisso firme para mudar. Foi significativo que também vamos definir o rumo para a próxima eleição presidencial", satisfez-se o camaronês Issa Hayatou, que desempenha, de forma provisória, a função exercida por Joseph Blatter.

No próximo encontro do Comitê Executivo da Fifa, que foi cogitado para acontecer no Japão, durante o Mundial de Clubes, mas deve ter sede em Zurique, entre os dias 2 e 3 de dezembro, o Comitê de Reforma planeja apresentar a versão final do conjunto de propostas para a reforma institucional da entidade. O presidente do Comitê de Reforma, François Carrard, chegou a entregar ao Comitê de Ética, nesta terça, um relatório provisório com alguns pontos a serem mudados.

Confira as primeiras proposições apresentadas pelo Comitê de Reforma, e que devem ser oficializadas no encontro do Comitê Executivo, em Zurique, no mês de dezembro:

- Criação do 'Conselho da Fifa' para garantir a divisão das funções políticas e administrativas na Fifa. Extinção de dois poderes distintos sobre as políticas da Fifa e maior facilidade para o Comitê Executivo supervisionar a ação de seus membros na administração da entidade. Caberá ao Secretário Geral da entidade desempenhar as funções recomendadas pelo Conselho, que será presidido pelo mandatário da Fifa, no dia a dia;

- Criação de uma Comissão de Finanças, formada por membros independentes, para propor e avaliar orçamentos e contas financeiras anuais, em conjunto com o corpo administrativo da entidade, rumo à aprovação do Conselho;

- 'Controle de Elegibilidade': o Comitê de Reforma propôs uma limitação de mandato de até 12 anos para o cargo de presidente da Fifa, assim como um limite de idade, de 74 anos, para a candidatura. Conforme dita o regulamento eleitoral, os membros do Conselho da Fifa serão eleitos por associações filiadas à entidade;

 

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