Demissão do CEO – A crise política no São Paulo se intensificou após Aidar demitir o ex-CEO, Alexandre Bourgeois, no dia 10 de setembro. Indicado pelo empresário e membro do Conselho Consultivo, Abílio Diniz, Bourgeois nunca teve liberdade para exercer as funções previstas em seu contrato. Após seu desligamento, ele acusou Aidar de isolá-lo no clube e disse ter sido ameaçado de agressão por um assessor são-paulino que comunicou a sua demissão. O episódio deu início a uma intensa troca de acusações públicas entre dirigentes aliados ao presidente e conselheiros ligados à oposição. (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Caso Iago Maidana – A controversa contratação do zagueiro Iago Maidana foi classificada por Abílio Diniz como o “batom na cueca” da administração de Aidar. O jovem defensor foi comprado por R$ 800 mil reais do Criciúma e passou dois dias registrado no Monte Cristo-GO antes de ser contratado por R$ 2,4 milhões pelo São Paulo. Além da suspeita de mau uso do dinheiro tricolor, o STJD passou a investigar a transação por conta da participação de um investidor externo no repasse dos direitos econômicos de Iago. A prática é proibida pela Fifa e, caso seja comprovada, poderá resultar em uma punição que impedirá o São Paulo de fazer novas contratações. (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Aidar foi agredido por Ataíde durante uma discussão sobre a situação do caso Iago Maidana (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Saída de Osorio – Com o desligamento de Ataíde, o técnico colombiano Juan Carlos Osorio decidiu antecipar o anúncio de que deixaria o São Paulo para dirigir a seleção do México. O ex-vice era o principal aliado do comandante na diretoria tricolor, uma vez que Osorio já vinha se desentendo há tempos com Aidar. O colombiano nunca engoliu o fato de o presidente ter enviado uma mensagem para o seu celular cobrando melhores resultados. “Pare de inventar”, dizia o texto escrito pelo mandatário. (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Demissão coletiva – Ciente de seu isolamento político, Aidar aproveitou a saída de Osorio para demitir toda a diretoria do São Paulo. O dirigente tinha a intenção de constituir uma nova baste institucional para apaziguar os ânimos internos, mas a decisão provocou efeito reverso. Dirigentes ligados à sua base aliada deixaram claro que não gostariam de reaver seus cargos caso Aidar continuasse à frente da gestão. A renúncia era questão de tempo quando o grupo de Júlio Casares, vice-presidente geral do clube, também anunciou seu rompimento com o presidente. (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Denúncias de corrupção – Foram decisivas para a renúncia de Aidar as graves acusações que Ataíde fez após ser demitido. O ex-vice enviou um e-mail para o mandatário dizendo possuir provas de que ele vinha desviando dinheiro oriundo da contratação de jogadores. Segundo Ataíde, o presidente também se beneficiou de outras irregularidades administrativas cometidas à frente do Tricolor. Entre elas estaria o acordo com a fornecedora Under Armour, que teria rendido R$ 6 milhões à namorada de Aidar, Cinira Maturana. Diante das evidências, a renúncia de Aidar passou a ser defendida até por familiares e sócios de sua empresa de advocacia. (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
