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Técnico do Água Santa admite leveza na decisão, mas quer “sonhar um pouco mais”

Técnico Água Santa Thiago Caprini Final Palmeiras Campeonato Paulista

Foto: Rodrigo Corsi/ Ag.Paulistão

Faltam algumas horas para o Água Santa jogar sua maior partida da história pela final do Campeonato Paulista. Neste domingo, na Arena Barueri, a equipe de Diadema recebe o atual campeão paulista Palmeiras no jogo da ida da decisão. Para o treinador Thiago Carpini, o Água Santa está “leve” sem o favoritismo, mas deseja “sonhar um pouco mais”.

“Na verdade, quando a gente fala de leveza é até um ponto que a gente coloca no nosso dia a dia. Trata-se muito disso internamente. Nós temos uma leveza em relação a tudo que já foi conquistado até aqui, mas claro que chegando nesse momento nos permitimos sonhar um pouco mais. Sabemos da dificuldade e do tamanho da equipe que vamos enfrentar, em todos os aspectos, mas a gente sabe que o favoritismo vai só até certo ponto. A leveza que eu falo é do Água Santa ter vivido muito mais do que pensávamos”, declarou Thiago Carpini em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

A trajetória do Água Santa neste Campeonato Paulista passou por um começo negativo na fase de grupos, crescimento na reta final e classificações históricas contra São Paulo e Red Bull Bragantino até chegar a final.

“Nós temos uma responsabilidade com nós mesmos de entregarmos uma boa competição. É difícil você traçar um plano. É claro que a gente cria alternativas no dia a dia que levamos para dentro do jogo, mas a tomada de decisão na hora da partida é do atleta. Eu tenho batido muito em cima dessa tecla, falo sempre para os jogadores que a pior sensação é quando você desce de uma partida e sente que não entregou tudo que podia entregar, independente do resultado. Para competir com uma equipe tão equilibrada, é estarmos em um nível emocional bom, sermos assertivos porque qualquer erro pode nos custar muito”, disse o treinador de 38 anos.

Além disso, Thiago Carpini foi perguntado sobre as atuações do jovem atacante Endrick no Palmeiras e a presença de treinadores estrangeiros no futebol do Brasil, inclusive cotados para a Seleção Brasileira.

“Essa polêmica sobre jogadores jovens dessa nova geração, e principalmente dos técnicos estrangeiros como o Abel, há paradigmas que têm que ser quebrados. Tem espaço para todo mundo, a vinda de treinadores como o Abel eleva o nosso nível interno. O Abel é uma referência para mim e para o país. A gente perdeu muito tempo criticando, eles conquistaram espaço e fizeram por merecer a oportunidade dada. E da mesma forma acho que essa nova geração tem que se preparar melhor para ocupar outros cenários, como o Tiago Nunes na América do Sul. As pessoas competentes se estabelecem”, comentou Thiago.

Ao final da entrevista coletiva, o treinador do Água Santa falou sobre a importância da campanha história da equipe para a cidade de Diadema e a expectativa de um possível título contra o favorito Palmeiras pelo Campeonato Paulista.

“Acho que o Água Santa é muito a cara de Diadema e vice-versa. A comunidade, que é tão simples e sofrida por diversas circunstâncias, aprendeu a gostar desse clube, abraçou e com essas campanhas começam surgir até mais torcedores. A gente fica feliz por fazer parte dessa história, é isso o que fica. Na verdade, o que temos de melhor na equipe são as pessoas, que fazem tudo com muito amor e muito carinho. É por eles que a gente sente uma obrigação ainda maior de fazer valer a pena os momentos”, completou.

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