Gazeta Esportiva

Muricy diz ter sido convencido duas vezes a ficar, mas lembra seu limite

O técnico Muricy Ramalho confirmou nesta sexta-feira que entregou o cargo duas vezes nas conversas que teve com o vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro, desde a derrota para o Palmeiras. O treinador explicou que deixou a diretoria liberada para dispensá-lo, mas acabou convencido a permanecer no cargo, deixando claro que tem um limite nesta turbulência.

“Eles estão dando declarações de que vou ficar até o último dia e aquelas coisas, mas eu os deixei à vontade e tirei deles esse compromisso, porque não é bom. Tem que ser coisa aberta. No contrato com o São Paulo, não tenho multa. Eu os deixei livres, porque futebol é resultado. Vim ontem (quinta) com intenção disso (sair) também, mas, não sei se infelizmente, convenceram a ficar mais um pouco. O Rogério veio para ajudar também”, comentou o técnico, que tem contrato até o fim do ano.

Muricy teve a primeira conversa com a direção na volta ao CT, depois da derrota da noite de quarta para o Palmeiras. Na tarde de quinta, na volta aos trabalhos na Barra Funda, o treinador teve uma nova conversa com a direção, combinando de continuar, até com a participação de Rogério Ceni na reunião. 

Muricy Ramalho explicou que seu limite depende das atuações da equipe neste momento – Credito: Djalma Vassão/Gazeta Press
No clube, havia a ideia de o técnico não dar entrevista nesta sexta, para ser blindado, mas o comandante acabou seguindo para a coletiva depois do treino. O contato do treinador com os jornalistas foi muito mais rápido do que o habitual, já que o Tricolor quer evitar ao máximo a exposição do comandante. A expectativa é de protegê-lo da crise neste momento decisivo, com jogo da Libertadores, contra o San Lorenzo, na próxima semana.

“Meu limite é se continuar não tendo resultado, não me apego a contrato, ainda mais aqui, que é um lugar especial para mim. Abrir mão de contrato é loucura hoje em dia, mas o limite é a vitória. Não existe ter compromisso até o final, tem que ganhar”, afirmou, para completar.

“Se eu fosse dirigente, seria igual também. O limite é este. Se estiver ganhando, continuo. Se não estiver, eu saio. Outro lado é a saúde. Se complicar, saio. Tive algumas dores ultimamente, mas agora estou melhor”, declarou.

O treinador tenta mostrar força agora para tirar o clube da crise. “Sou um cara forte e vou lutar até o final. Temos chances boas nas duas competições, apesar de não estarmos jogando bem. Tenho a coisa do cara do futebol, de lutar até o final. Não posso parar de lutar. Isso que me moveu e estou aqui de novo, para continuar lutando, agora mais ainda”, encerrou.

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