Gazeta Esportiva

Diniz ressalta gol do Santos após saída de pé em pé: “Tendem a desencorajar”

Foto: Ivan Sorti/SFC

Fernando Diniz já sofreu muitas críticas por colocar seus times para sair jogando a partir do goleiro, dentro da própria área. Mas, nesse sábado, o Santos venceu o Ceará na Vila Belmiro depois de abrir o placar em uma jogada que, pode-se dizer, teve a assinatura do técnico.

“Que pergunta legal essa que você me faz, porque se a gente fizer 10 gols assim e tomar um, e o placar for 10 a 1, as pessoas tendem a desencorajar esse tipo de modelo de jogo. Isso é uma rotina”, afirmou Diniz durante a entrevista coletiva, logo após o triunfo do Peixe.

“Espero que aqui mais gente comece a enxergar que a jogada começou lá no goleiro, uma forma de atrair, que a gente treinou muito, e culminou no gol do Jean Mota. Tudo na vida, em algum momento, você vai errar. Mas, tenho confiança plena que esse modelo de jogo, esse jeito de jogar, ele oferece muito mais risco para o adversário, que tem que pressionar muito alto e acaba deixando espaço, do que pra gente, que treina para fazer isso de uma maneira constante”, completou.

Diniz também admitiu que o gol de Kaio Jorge, o terceiro do Santos, foi resultado de uma jogada ensaiada no CT Rei Pelé.

“Já tinha feito pela Libertadores. É uma jogada ensaiada, sim”.

Agora, o Santos concentra as atenções no jogo de terça-feira, contra o Cianorte, pela Copa do Brasil.

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Fernando Diniz:

Kaio Jorge saindo para buscar jogo
“Sim, foi um pedido meu, estamos treinando, não foi só nesse jogo”.

Confiança para reagir
“Confiança é a experiência que vai trazer isso. A maneira de trabalhar é a mesma quando ganha e quando perde. Quando perde, a pressão em time grande é exagerada. Quando ganha, vêm elogios fora da realidade também. Hoje, o time mostrou maturidade, deixamos de fazer o gol, desestabilizou um pouco, tomamos um gol de pênalti num lance inusitado. Depois do intervalo, a equipe voltou bem, fez dois gols e poderia ter feito mais”.

Jogo contra o Cianorte
“Ainda não sabemos qual vai ser a estratégia do jogo com o Cianorte. Na segunda-feira, a gente vai definir essas situações. Vamos levar uma equipe competitiva”.

Marcos Guilherme
O Marcos Guilherme fez um jogo muito bom, foi uma contratação que veio numa oportunidade ímpar para o Santos, gosto muito, já tinha trabalhado no São Paulo, cumpre bem função tática, tenho confiança que ele vai entregar muito para o Santos. O Marcos Guilherme eu sei que pode jogar em outras funções no Santos, e o Lucas Braga, com o tempo, também vai adquirir a competência para saber jogar em outras funções no campo”.

Gol de pé em pé
“Que pergunta legal essa que você me faz, porque se a gente fizer 10 gols assim, e tomar um, e o placar for 10 a 1, as pessoas tendem a desencorajar esse tipo de modelo de jogo. Isso é uma rotina. Espero que aqui mais gente comece a enxergar que a jogada começou lá no goleiro, uma forma de atrair, que a gente treinou muito, e culminou no gol do Jean Mota. Tudo na vida, em algum momento, você vai errar. Mas, tenho confiança plena que esse modelo de jogo, esse jeito de jogar, ele oferece muito mais risco para o adversário, que tem que pressionar muito alto e acaba deixando espaço, do que pra gente, que treina para fazer isso de uma maneira constante. Constante, mas não é sempre. Hoje, por exemplo, a gente, acho até que na maioria das vezes, chutou a bola para frente, que é outra coisa que as pessoas tendem a não reconhecer, como se fosse uma obrigação sair jogando. Chutou até algumas vezes que não precisava chutar. E o time vai, com treinamentos e com os jogos, uma habilidade maior para sair jogando e também para identificar os momentos que a gente vai destravar o jogo e fazer boas jogadas que possam culminar em gol, como aconteceu hoje.

Gols sofrido nos acréscimos
“A equipe estava muito atenta, não ofereceu quase nada de chance ao Ceará. Já houve bastante concentração na segunda etapa, faz parte de um processo, mas não tem receita. Isso acontece, a gente vai corrigindo”.

Um mês de trabalho
“A gente às vezes fica muito preso no resultado. A própria partida contra o Bahia, se analisar o primeiro tempo, a gente esteve muito melhor que o Bahia. No segundo tempo, aconteceu algo anormal, tomou três gols em sete minutos e depois o Bahia se defendeu bem. Contra o Cianorte, a equipe foi muito competitiva, e isso a gente trouxe para hoje. Teve algumas coisas, mas aos poucos a gente vai evoluindo no aspecto tático. O mais importante é a capacidade da equipe em trabalhar, jogadores e staff, as pessoas não poupam esforços, isso é o que mais me agradou no Santos, e acho que a gente vai fazer uma temporada que o Santos merece”.

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