Time vê juízes ignorantes, mas Oswaldo pede silêncio para evitar cartões

O Palmeiras ainda não conseguiu nenhuma vitória no Campeonato Brasileiro e sente que precisa superar um adversário extra: a determinação de cartão a quem reclamar. Só na derrota para o Goiás, nesse domingo, o time recebeu três amarelos por conta dessa regra e, apesar de Oswaldo de Oliveira até proibir que alguns jogadores falem com os juízes, as queixas são de que quem apita é ignorante.

“Os árbitros estão um pouco ignorantes. É difícil conversar, você não pode falar nada, ficam ameaçando te dar amarelo se você abrir a boca. Não está legal. Em vez de melhorar, acabou piorando”, declarou Robinho, um dos ‘censurados’ por Oswaldo e que escapou do cartão de Marcelo de Lima Henrique, mas fez coro com os colegas na reprovação à atuação do árbitro carioca da Federação Pernambucana de Futebol.

“É futebol, gente. Temos que falar com o árbitro, sim, e ele falar conosco também. Estamos dentro de campo, com a adrenalina lá em cima, e não podemos falar com o árbitro?! Isso não existe. As regras mudam constantemente, não avisam, não falam nada e ficam com essa babaquice”, disse Lucas, que só recebeu amarelo por falta.

Oswaldo desmente o lateral e garante que sempre fala da regra. “Fizemos todos os alertas, inclusive por escrito, e sempre reforçamos antes dos jogos. Eles sabiam que não podiam reclamar com veemência. Abri minha conversa no intervalo falando isso e me dirigi diretamente a Valdivia, Robinho e Leandro Pereira, proibindo que continuassem reclamando. Não adianta, é uma determinação da CBF”, contou o técnico.

Os cartões por reclamação não ocorreram só nesse domingo, mostrados para Valdivia, Leandro Pereira e Kelvin. Na primeira rodada do Brasileiro, Gabriel e Robinho levaram amarelo por esse motivo, enquanto, na Copa do Brasil, diante do Sampaio Corrêa, Fernando Prass e Dudu foram advertidos ao falar com o árbitro assim que acabou o primeiro tempo.

Os jogadores se sentem realmente censurados. “O Oswaldo pediu para não falarmos com o árbitro, mas isso está atrapalhando dentro de campo. Teve uma falta do Alan Patrick dentro da área e não pudemos falar nada, tem que ficar quieto, abaixar a cabeça e aceitar o que ele deu. É difícil”, lamentou Robinho.

“Podem até implantar essa regra, mas os árbitros precisam ter um pouco mais de respeito. Claro que não podemos ficar abrindo os braços, reclamando, fazendo gesto para a torcida e a televisão verem, mas, se souberem conversar e administrar, a regra pode dar certo. É que alguns árbitros são um pouco ignorantes e estão atrapalhando”, prosseguiu o meia, indignado.