Gazeta Esportiva

Roger reconhece desgaste e pede ‘equilíbrio’ nos confrontos matutinos

Apesar do tropeço dentro de casa, o técnico Roger Machado acredita que o elenco gremista cumpriu bem o objetivo. No segundo jogo seguido às 11 horas (de Brasília) pelo Brasileiro, o Grêmio não superou o calor e o cansaço e ficou no zero com o Coritiba. Admitindo o desgaste do elenco, o treinador gremista citou as dificuldades contra o Coxa e pediu uma maior parcimônia em termos de calendário.

Após jogar na quinta-feira pela Copa do Brasil, o Grêmio teve pouco mais de 60 horas para recuperar os jogadores, enquanto o Coritiba poupou boa parte do elenco no meio de semana para focar no Brasileiro. Mesmo vibrando pelo público recorde de 46 mil pessoas na Arena, Roger se mostrou descontente por jogar de manhã pelo segundo fim de semana seguido.

“O jogo das 11 horas tem um aspecto positivo, vimos muitas famílias no estádio. Foram 46 mil pessoas. Não sei se vamos ter outros jogos neste horário, mas a única coisa que eu gostaria é um equilíbrio na divisão de todos os times que estão jogando. Tem time que ainda não jogou nesse horário”, ponderou o treinador durante a coletiva.

Em jogo festivo pelos 20 anos da Libertadores, Roger poupa comemorações (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

Dos times que ainda compõe o G4, o Grêmio foi o que mais atuou no horário matutino (três vezes). São Paulo e Atlético-MG atuaram na rodada das 11 horas (de Brasília) apenas uma vez, enquanto o líder Corinthians deverá ter sua primeira experiência dia 13 de setembro, contra o Joinville, na Arena Corinthians.

Ao analisar a condição física dos atletas, o técnico disse tem lembrado o jogo em Campinas no domingo passado. “A gente cansou, foi visível no semblante dos jogadores. Um semblante muito parecido ao do jogo contra a Ponte. Fizemos uma força a mais por termos jogado apenas com três dias de intervalo. Tive que queimar uma substituição para tirar o Galhardo, o Edinho também saiu reclamando” reconheceu Roger, que terá que lidar com cinco desfalques para o jogo do meio de semana.

Apesar das chances desperdiçadas, o treinador defende que é preciso valorizar a atuação em ‘condições adversas’. “Tivemos o domínio do jogo e controlamos. O Coritiba veio com a proposta definida de explorar os contragolpes em velocidade, mas nós propomos o jogo ofensivo. Rondamos muito a área deles. Foi um jogo bom, mas gostaríamos de ter presenteado os torcedores com a vitória”, comentou.

“O resultado de empate em casa não é o melhor. Mas o que temos que entender é que esse Brasileiro é muito difícil e que não é porque o Coritiba busca a reabilitação que não pode tirar pontos dos que estão na frente”, admitiu, sabendo que contra o Figueirense o Grêmio precisará recuperar os pontos perdidos para assegurar posição no G4.

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