Autor do gol que deu o título do Campeonato Gaúcho ao Grêmio em 2006, o atacante Pedro Júnior conquistou recentemente, com o Wuhan Zall, o troféu da segunda divisão do futebol chinês. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, o centroavante relembrou o feito de 12 anos atrás e comemorou o sucesso na Ásia.
“Foi um título inesquecível. O Internacional era mais badalado, tanto que foi campeão da Libertadores e do Mundial naquele ano. Conseguimos o campeonato dentro da casa deles, foi histórico para mim. É o título mais importante da minha carreira. A recepção depois foi boa demais, até os torcedores, pessoalmente e em redes sociais, lembram e me dão os parabéns, agradecem pelo gol. Tenho um carinho muito especial pelo Grêmio”, contou.
“A temporada de 2018 foi muito boa. Conseguimos o título e o acesso para a primeira divisão do Campeonato Chinês, que vem crescendo a cada ano com grandes jogadores, como o Pato, Gil, Hulk, Anderson Talisca e Paulinho. Conseguimos o objetivo da subida e, melhor ainda, com o título”, completou.
Atuando longe do futebol brasileiro há seis anos, com passagens pelo Vissel Kobe e Kashima Antlers, do Japão, Pedro Júnior admitiu que um retorno para o país natal não está descartado, diferentemente do que pensava em momentos anteriores de sua carreira.
“Penso em voltar ao Brasil. Tempos atrás, eu queria encerrar (a carreira) fora, mas hoje tenho o pensamento de retornar. O jogador acaba sentindo saudades de tudo, da família e de, principalmente, jogar. Se aparecer um projeto legal, uma coisa bacana, tenho o pensamento sim de voltar”, revelou. “Já tive possibilidade, empresários comentando. Mas sempre respeitei contrato, não levava a sério, falava para eles que não queria nem saber qual era o time. Nunca toquei para frente, mas recebi sondagens.”
O atacante também rechaçou qualquer hipótese de mágoa com Mano Menezes, com quem perdeu espaço no Grêmio em 2007. O centroavante de 31 anos se responsabilizou pela falta de oportunidades à ocasião e foi só elogios ao trabalho do ex-técnico da Seleção Brasileira.
“Conquistamos títulos juntos, não tenho mágoa nenhuma. Treinador tem sempre a razão. Ás vezes, deixei de ser profissional e ele me deu oportunidades. Faltou cabeça para mim. Entendo mais pelo lado de um erro meu do que do Mano. Ele não contou comigo em 2007 e tive a oportunidade de ir para o Cruzeiro. Mas tenho muito respeito e admiração pelo trabalho do Mano Menezes”, finalizou.
* Especial para a Gazeta Esportiva