Gazeta Esportiva

Mancini aprova atuação, faz mea culpa sobre Cafú e explica situação de Cássio

Foto: Rodrigo Coca

Vagner Mancini surpreendeu ao mandar o Corinthians a campo com Lucas Piton pela ponta esquerda e conseguiu levar a equipe à vitória sobre o Coritiba por 1 a 0, no Estádio Couto Pereira, nesta quarta-feira.

Após o jogo, o técnico do Timão se mostrou contente com o que viu em campo e explicou que a estratégia montada foi baseada na maneira de jogar do adversário.

“Não quer saber que o Corinthians vai jogar sempre assim. Para esse jogo, vimos que a equipe do Coritiba marca no bloco baixo e nós não teríamos espaço. Então, tínhamos de ter jogadores técnicos, com força, mas técnicos, não os velocistas, porque não teríamos os espaços. Supostamente, teríamos se saíssemos em vantagem, e foi o que aconteceu. Por isso, a entrada do Everaldo, do Gabriel Pereira exatamente para que a gente tivesse mais velocidade. No primeiro tempo a ideia era ter a posse de bola, atacar com consciência, e atacar com equilíbrio. E foi o que eu vi. O Corinthians fez um belo primeiro tempo e poderia ter decidido a partida”.

Desta vez, Jonathan Cafú não começou jogando e sequer foi escolhido para entrar no segundo tempo, apesar de Mancini ter feito cinco trocas. A situação causou estranheza, já que o técnico promoveu a estreia de Cafú contra o Galo e o escalou como titular diante do Grêmio. A explicação de Mancini foi um mea culpa.

“A opção de não utilizar o Cafú foi porque eu, Mancini, acelerei o processo com ele e não posso ser injusto com o atleta. O Cafú, diante do Atlético-MG, estava fora do banco e quando soubemos que eu não teria o Vital e o Jô, ele se prontificou a entrar mesmo não estando em condições, e eu acabei utilizando o atleta de uma forma precipitada, então, tenho que vir aqui falar isso, tenho de dar a ele um tempo de preparação, ele vinha sem jogar, isso pode atrapalhar sua passagem pelo Corinthians, então, é importante fazer justiça e dar essa explicação. Acho difícil nesse momento ele sair jogando, mas ele pode, sim, fazer parte dos jogos, até para ele ter condições iguais com os outros atletas”.

Sobre a situação de Cássio, o treinador corintiano também fez questão de esclarecer que em nenhum momento o time ficou sem opção para uma eventual necessidade em substituir o goleiro titular.

“O Cássio não está lesionado. Ele sentiu um desconforto no aquecimento e, como temos dois goleiros no mesmo nível, a gente optou pelo Walter. Mas, se a gente tivesse optado pela manutenção do Cássio, ele conseguiria fazer o jogo. Foi uma decisão tomada lá em São Paulo de vir com dois goleiros, porque o Cássio teria condição de jogo. A opção em trocar foi mais prudente. Se o Walter fosse expulso, por exemplo, o Cássio jogaria, talvez com uma certa restrição, ao não bater um tiro de meta e tudo mais, mas ele estaria apto a participar do jogo, sim”.

O Corinthians informou que `Cassio será avaliado nesta quinta, no CT Joaquim Grava. O camisa 12 sentiu um desconforto no músculo posterior da coxa esquerda.

Leia toda a entrevista coletiva de Vagner Mancini:

Queda física
“Eu vi o Corinthians sofrendo um pouco na parte física no final do jogo, acredito eu que seja em função do jogo com o Grêmio, jogamos boa parte com 10 e depois com nove em campo. E não foi no finalzinho. Até na segunda e na terça tivemos de administrar a carga de treinamento para que os jogadores pudessem desempenhar hoje. E foi um ótimo desempenho no primeiro tempo, até mesmo físico, mas a equipe, na segunda etapa, sentiu e eu sabia que eu teria de fazer as cinco substituições. Elas foram pensadas durante o jogo, mas também antes porque sabíamos que alguns atletas chegariam a exaustão ao longo dos 90 minutos”.

Apostas táticas e de escalação
“Foram opções por entender a partida, pela estratégia que foi montada. Não quer saber que o Corinthians vai jogar sempre assim. Para esse jogo, vimos que a equipe do Coritiba marca no bloco baixo e nós não teríamos espaço. Então, tínhamos de ter jogadores técnicos, com força, mas técnicos, não os velocistas, porque não teríamos os espaços. Supostamente, teríamos se saíssemos em vantagem, e foi o que aconteceu. Por isso, a entrada do Everaldo, do Gabriel Pereira exatamente para que a gente tivesse mais velocidade. No primeiro tempo a ideia era ter a posse de bola, atacar com consciência, e atacar com equilíbrio. E foi o que eu vi. O Corinthians fez um belo primeiro tempo e poderia ter decidido a partida”

Mais sobre a estratégia
“A opção da entrada da equipe foi baseada na estratégia do jogo. Cada jogo vai ter uma estratégia, é importante ter um grupo que entenda isso. No meu ver, o Piton cumpriu todas as determinações, assim como o Luan. Dali saíram várias jogadas. Luan está, aos poucos readquirindo sua forma, achando os espaços em campo. Não podemos desistir de ninguém, temos de dar oportunidade, mas é importante quando você vê que está dando certo em campo. Fico feliz por eles”.

Cazares e Luan juntos
“Podem jogar juntos, sim, porque o futebol também é dotado e exige a parte técnica. Para esse momento, talvez, não. Tenho o Cazares voltando de lesão, ainda não está 100%, gradualmente a gente vai dando tempo a ele. Seria bacana, mas ainda é cedo”.

Cafú e opções
“Não se trata de teste. A gente vai, ao longo do tempo, conhecendo o jogador. Estou há 40 dias no Corinthians, um tempo pequeno para algumas coisas e bom para outras, o jogo é um aprendizado muito grande pra gente, tenho tentando e visto e dado oportunidade para todo mundo. Tenho o Otero, que hoje estava, infelizmente, suspenso. Testei essa função que eu já havia testado nos treinamentos, o Piton, como a gente sempre faz. A gente vai tentando achar o melhor 11 para entrar forte nas partidas, mas o banco também é importante. A opção de não utilizar o Cafú foi porque eu, Mancini, acelerei o processo com ele e não posso ser injusto com o atleta. O Cafú, diante do Atlético-MG, estava fora do banco e quando soubemos que eu não teria o Vital e o Jô, ele se prontificou a entrar mesmo não estando em condições, e eu acabei utilizando o atleta de uma forma precipitada, então, tenho que vir aqui falar isso, tenho de dar a ele um tempo de preparação, ele vinha sem jogar, isso pode atrapalhar sua passagem pelo Corinthians, então, é importante fazer justiça e dar essa explicação. Acho difícil nesse momento ele sair jogando, mas ele pode, sim, fazer parte dos jogos, até para ele ter condições iguais com os outros atletas”.

Gabriel Pereira
“O GP era um atleta que eu não havia utilizado porque ele não estava à disposição. Ele é um atletaque todos nós temos um carinho grande, sabemos das dificuldades que ele teve no clube, é jovem, mas tem um futuro promissor”.


“Jô, falei diversas com ele, perguntei se ele suportaria, e ele disse que sim. A presença dele é importante por “n” motivos, mas naquele momento, onde a gente tinha o adversário tentando a qualquer custo, jogando bola na área, ele passa a ser uma peça importante. Fez um jogo interessante, se empenhou na marcação, correu muito, e sabíamos que ele estaria mais cansado, mas agora vai dar para recuperar todo mundo”.

Risco por levar só dois goleiros
“O Cássio não está lesionado. Ele sentiu um desconforto no aquecimento e, como temos dois goleiros no mesmo nível, a gente optou pelo Walter. Mas, se a gente tivesse optado pela manutenção do Cássio, ele conseguiria fazer o jogo. Foi uma decisão tomada lá em São Paulo de vir com dois goleiros, porque o Cássio teria condição de jogo. A opção em trocar foi mais prudente. Se o Walter fosse expulso, por exemplo, o Cássio jogaria, talvez com uma certa restrição, ao não bater um tiro de meta e tudo mais, mas ele estaria apto a participar do jogo, sim”.

Defeito do time no jogo
“O Corinthians, na minha visão, não teve defeitos. Teve coisas a consertar, mas tivemos mais coisas positivas do que negativas. Quando falamos em defeito, parece que falamos de coisas mal feitas. Óbvio que tem um adversário em situação complicada, mas vi o Corinthians muito bem no primeiro tempo e bem no segundo. Eu tiraria o muito do muito bem, para o bom no segundo. Porque há 72 horas esses jogadores estavam jogando contra o Grêmio com nove jogadores. Ninguém é máquina, de ferro. A musculatura tem um limite, por isso as cinco trocas foram feitas. É natural jogar fora de casa, quando você faz um gol, que essa equipe se lance e te gere alguns cuidados. Eu não vi a equipe sofrer, assim como no jogo de domingo, diante do Grêmio. Hoje, sofreu em bolas aéreas, mas o Coritiba não dominou o Corinthians em nenhum momento e isso me deixa satisfeito e certo que a equipe está em evolução”

Objetivo
“Óbvio que estamos felizes, mas temos jogos a mais. Óbvio que a gente sonha diariamente e projeta sempre o melhor. Neste momento, a sequência de jogos, de vitórias, é o que vai nos dar condição de brigar por uma outra situação. Quando a gente vê a evolução, a gente pode, sim, mirar, chegar lá na frente, mas a gente vai ter muito trabalho, não é do dia para noite, é com trabalho, persistência, mas óbvio que ainda faltam algumas vitórias para a gente sair dessa situação”.

Bruno Méndez
“Mais uma vez, ele fez um bom jogo, ainda não dá para falar nada sobre o jogo do Fortaleza, mas tem mostrado totais condições de assumir a camisa e jogar, até em outras posições, é aguerrido e isso contagia os companheiros”.

Padrão
“Acho que, em primeiro lugar tínhamos de arrumar a parte tática, deixar a equipe mais equilibrada, e isso foi feito, o poder de marcação é muito maior, porque os atletas entenderam as duas marcações, mais adiantada e mais atrás. Isso vem com o amadurecimento tático da equipe. Hoje, assim como aconteceu com o Grêmio, a gente teve uma maneira de jogar com a bola nos pés, a proposição já de uma maneira diferente, hoje aconteceu no primeiro tempo, fizemos o gol, tivemos outras oportunidades boas para matar o jogo, fruto da movimentação, do atleta saber onde o outro tem de estar. Isso é em cima da semana, do envolvimento. Aos poucos, o Corinthians vai se ajustando. Na segunda etapa, talvez pelo cansaço, a gente tenha feito menos isso, mas é uma coisa que eu estou exigindo. A gente também tem de propor e hoje foi uma amostra que também podemos fazer”.

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