Emerson não parece abalado com a sua iminente saída do Corinthians. Com contrato válido até 31 de julho, o atacante participou normalmente do treinamento físico da manhã desta quarta-feira, no CT Joaquim Grava, o primeiro do clube após a dispensa do centroavante peruano Paolo Guerrero. Saiu de campo dançando, sorridente, com os braços irrequietos e a satisfação de quem não tem mais problemas disciplinares.
“Não temos uma vírgula para falar do Emerson”, avisou o gerente de futebol Edu Gaspar. “Desde o primeiro dia em que comunicamos a sua saída, ele entendeu a situação e deixou muito claro para nós que estaria comprometido com o clube até o término do seu contrato. Está tudo ótimo – a questão dos horários, o dia a dia. Não temos nada a falar dele. Só a agradecer pelo que está proporcionando em termos de trabalho”, complementou.
Guerrero, ao contrário, não quis mais trabalhar. Menos de uma semana após o presidente Roberto de Andrade confirmar que o Corinthians não teria condições de pagar os R$ 18 milhões exigidos para a sua permanência, o peruano alegou que se sentia desconfortável em continuar a treinar e a jogar pelo time que o projetou no cenário brasileiro.
“O Paolo fez um pedido e foi atendido. O Emerson, não. Ele está à disposição do Tite. Vamos ver os próximos passos técnicos sobre a participação ou não dele no jogo de domingo”, especulou Edu Gaspar.
Nos últimos compromissos do Corinthians, Tite escalou Guerrero como titular e deixou Emerson no banco de reservas por “opção técnica” – as alternativas para o ataque estão restringidas a Ángel Romero e Stiven Mendoza agora, já que Vagner Love foi afastado para readquirir condicionamento físico e técnico, Malcom defende a Seleção Brasileira sub-20 no Mundial da categoria e Luciano segue lesionado. A ideia seria não contar com um jogador já ciente de sua saída do clube, mesmo que ele tenha um comportamento exemplar.