Gazeta Esportiva

Com sete remanescentes, Seleção tenta ignorar 7 a 1 na volta ao Mineirão

É impossível esquecer o fatídico jogo entre Brasil e Alemanha pelas semifinais da Copa do Mundo de 2014. E o trauma, todos sabem, não se dá por conta de uma eliminação em casa para aquela seleção que viria a conquistar seu tetracampeonato mundial. E sim pela forma como aconteceu. A equipe comandada por Luiz Felipe Scolari não justificou a história da camisa que vestia no dia 8 de julho daquele ano e envergonhou a todos com uma derrota jamais vista sofrida pela Seleção Brasileira.

Os 7 a 1 e o banho de bola impostos pelos alemães voltam à tona nesta quinta-feira, quando o Brasil, enfim, voltará a pisar no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, palco do maior vexame da Seleção em sua gloriosa história. Cientes desse clima inevitável, os jogadores tentam minimizar esse ‘efeito 7 a 1’ para que nada atrapalhe o time no desafio contra a Argentina, maior rival do Brasil.

“A torcida pode influenciar muito. A gente sabe que quando a gente joga aqui, com o povo ao nosso lado, é uma coisa. E quando vai jogar fora de casa são partidas muito mais difíceis. Eu, como jogador, prefiro ter a torcida ao nosso lado. A gente foi treinado desde pequeno, a gente tem que saber jogar com essa pressão”, comentou o jovem Marquinhos.

A Seleção Brasileira volta ao Mineirão após dois anos e quatro meses, quando sofreu o 7 a 1 (Foto: Pedro Martins/MoWA Press)

Apesar de titular, o zagueiro nunca enfrentou a Argentina no futebol profissional e pouco sabe o que foi vivenciar o 7 a 1. Mas, sete jogadores podem dar essa dimensão ao atual grupo comandado por Tite. Daniel Alves, Thiago Silva, Marcelo, Fernandinho, Paulinho, Neymar e Willian estavam no grupo que ficou marcado pela goleada e agora têm a chance de dar a volta por cima.

“Não passa nenhuma sensação mais do que uma oportunidade de poder voltar aqui, de poder jogar um clássico mundial como Brasil x Argentina. É certo que a gente não pode se esquivar das fatalidades que acontecem nas nossas vidas, mas sou sempre um cara muito positivo. Não posso mudar o passado, então eu mudo o presente. E o presente é esse jogo contra a Argentina. O Passado está feito, foi um grande aprendizado para a gente, para a gente não cometer os mesmos erros. O passado serve para isso”, explicou Daniel Alves, com um discurso que talvez se assemelhe ao de um psicólogo.

O lateral direito não entrou em campo contra a Alemanha por opção de Felipão, que preferiu Maicon. Thiago Silva, reserva com Tite, também ficou de fora, mesmo sendo o capitão em 2014, por ter de cumprir suspensão. Dante jogou. E Neymar, com uma grave lesão nas costas, sequer estava no Mineirão. Marcelo e Fernandinho foram titulares contra os alemães, assim como serão nesta quinta. Paulinho entrou no decorrer do jogo justamente na vaga de Fernandinho, assim como William, que substituiu Fred.

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