Gazeta Esportiva

Brasil se anima com volta de Neymar para duelo decisivo nas oitavas contra Coreia do Sul

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Neymar já chuta com as duas pernas, corre e pula para cabecear. E até sorri. Enquanto aguarda o laudo médico, o Brasil se anima com a possibilidade de poder contar com o camisa 10 para o confronto desta segunda-feira às 22h no horário local (16h de Brasília) contra a Coreia do Sul, pelas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar.

Neste sábado, o astro do Paris Saint-Germain publicou, em inglês, em sua conta no Instagram um trecho de um sucesso do cantor americano James Brown: “I feel good, I knew that I would, now” (em português ‘Eu me sinto bem, eu sabia que me sentiria’), com uma foto em que aparece de braços abertos, sorrindo e olhando para o céu.

Sua pose redentora é um alívio para a seleção brasileira, uma das favoritas ao título, que perdeu para Camarões na sexta-feira no encerramento do Grupo G (1-0) com um gol nos acréscimos.

E cuja classificação para as quartas de final, onde quem vencer do estádio 974 enfrentará o vencedor entre Japão e Croácia, seria uma alegria para o tricampeão mundial Pelé, de 82 anos, internado em um hospital de São Paulo para reavaliar seu tratamento contra o câncer.

Embora tenha terminado como líder da chave e tenham entrado em campo contra os africanos com um time reserva, o fim de uma invencibilidade de 17 jogos (14 vitórias, três empates) e saber que são vulneráveis acionou o alerta entre os jogadores de Tite.

“O momento de errar foi hoje”, disse o capitão Thiago Silva, após a derrota para a equipe africana. “A partir de agora, é minimizar esse tipo de erro para não sermos surpreendidos como fomos”.

A reação dos derrotados: confiar na volta de ‘Ney’, lesionado no tornozelo direito na estreia vitoriosa contra a Sérvia (2-0), para retomar o caminho rumo ao hexacampeonato mundial.

Uma certa esperança
“Espero que ele volte, Todos viram a falta que ele fez nesses últimos dois jogos”, disse Richarlison, autor dos dois gols contra os sérvios.

O ataque brasileiro foi questionado no final da primeira fase. Marcou apenas três gols, registrando seu pior desempenho na fase de grupos desde a Copa da Argentina-1978, quando marcou apenas dois.

A volta do camisa 10 é então considerada fundamental para oxigenar a parte ofensiva e injetar moral em um time acostumado a vencer.

Neymar, de 30 anos, treinou com seus companheiros neste sábado pela primeira vez desde a contusão, aumentando as esperanças de que pelo menos seja escalado contra os asiáticos.

Ao seu lado estava o lateral-direito Danilo, também afastado desde o jogo contra a seleção dos Balcãs devido a uma lesão no tornozelo esquerdo.

A possível reaparição de Danilo, titular em sua posição, é uma ótima notícia para Tite após uma sequência de desfalques nas laterais: além de Danilo (direita), os canhotos Alex Sandro e Alex Telles.

“Outro milagre”
Telles vai perder o restante da Copa do Mundo devido a uma lesão no joelho direito sofrida contra Camarões e Alex Sandro, com um problema muscular no quadril desde o segundo jogo (vitória por 1 a 0 sobre a Suíça), é dúvida contra a Coreia.

A seleção brasileira perdeu o atacante Gabriel Jesus, também por conta de uma lesão no joelho direito.

O experiente Daniel Alves é, na espera de um novo laudo médico, o único lateral ‘nato’ que Tite tem à disposição. Os zagueiros Marquinhos e Éder Militão e o meia Fabinho já ocuparam essa posição em algum momento de suas carreiras.

A formação de uma retaguarda sólida, uma das chaves do poderio brasileiro, será vital para deter o perigoso ataque da Coreia do Sul do técnico português Paulo Bento, empolgada com a possibilidade de avançar às quartas de final depois de vencer Portugal (2-1) de Cristiano Ronaldo.

Com a principal referência coreana em campo, o atacante Son Heung-min, e também com ‘Ney’, o Brasil goleou por 5 a 1 em um amistoso realizado em Seul, em junho.

“Agora temos objetivos maiores para alcançar, então vamos dar o nosso melhor. Ninguém sabe o que pode acontecer nas oitavas de final”, disse o ídolo asiático. “Espero que possamos escrever outro milagre”.

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