Gazeta Esportiva

Robert Scheidt rechaça favoritismo, mas confia em boa atuação na Rio 2016

Robert Scheidt competirá sua sexta Olimpíadas, desta vez, no Rio de Janerio (Foto: Bruno Miani/ Inovafoto)

Robert Scheidt participará de sua sexta Olimpíadas em 2016, no Rio de Janeiro. Competindo em seu país de origem, o bicampeão olímpico conta os dias para a sua última participação no maior evento esportivo do planeta. Mesmo aos 43 anos, ele acredita que pode fazer bonito nas águas da Baía de Guanabara e trazer alegrias para o povo brasileiro apesar de não ser considerado um dos favoritos a conquistar a medalha de ouro na Vela desta vez.

“É inacreditável, mas está é a primeira vez nos Jogos que eu não sou considerado um dos favoritos. Desde que eu participei em 1996, eu sempre fui favorito a conquistar a medalha de ouro, exceto em 2008, quando acreditavam que eu ficaria com a prata. Desta vez é diferente, mas muitos fatores afetam na Vela: as correntes, o vento, se você está velejando dentro ou fora do porto. É um esporte muito complexo, por isso nem sempre o favorito consegue ganhar”, disse em entrevista ao portal alemão Deutsche Welle.

Competido diante da torcida pela primeira vez em uma Olimpíadas, Robert Scheidt garantiu que os atletas devem utilizar essa pressão como algo positivo, que os motivem e os ajudem a renderem ainda mais em suas respectivas modalidades. Segundo o velejador, a experiência adquirida durante todos esses anos poderá contribuir para que ele tenha um bom desempenho em 2016.

“Tudo é diferente. É um sentimento muito complexo. Existe grandes expectativas nos atletas, especialmente naqueles que possuem chances de ganhar medalhar ou que já ganharam algo no passado. Nós temos que usar essa pressão como um fator positivo, motivação e energia. Quando eu vejo a bandeira brasileira, a estátua do Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, isso realmente me motiva”, comentou.

Competindo na classe Laser, Robert Scheidt também comentou sobre as condições da água da Baía de Guanabara, que vem tomando conta dos noticiários do mundo todo e já gerou polêmica por suspeitas de que as más condições do local poderiam ser responsáveis por sintomas causados em atletas após competirem em eventos testes no Rio de Janeiro. Sem conseguir cumprir a promessa de limpeza da Baía, o governo carioca terá de improvisar para reduzir ao máximo os danos causados pela poluição na área de prova.

“Eu acho que a situação não está tão ruim como a mídia está veiculando. Durante os Jogos eles terão que tirar o lixo que está flutuando em nossa volta, desde garrafas plásticas que podem entrar na rota dos barcos. Se eles fizerem isso, teremos condições adequadas para competir. E por mais que a qualidade da água esteja comprometida, não é tão ruim para que todos os competidores que velejarem aqui fiquem doentes”, finalizou.

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