Gazeta Esportiva

4x100m comemora retorno de Ana Cláudia e prevê medalha no Rio

Ana Cláudia Lemos (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Ana Cláudia Lemos ficou cinco meses afastada das pistas por causa de doping (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

As outras integrantes do revezamento 4x100m feminino do Brasil comemoraram o retorno de Ana Cláudia Lemos, que ficou cinco meses suspensa por doping, à equipe. O time nacional já voltou a treinar com a recordista brasileira dos 100m rasos e se vê em condições de brigar para conquistar uma medalha.

Ana Cláudia Lemos testou positivo para oxandrolona em exame realizado fevereiro pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). No primeiro julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), foi apenas advertida. A procuradoria recorreu e a velocista acabou suspensa por cinco meses, período que se encerrou no início de julho.

“Ficamos sabendo de tudo pela imprensa. No camping de treinamento, não tocamos no assunto porque é uma coisa muito pessoal dela. Mas a recebemos de braços abertos, ela ficou sempre do nosso lado. Estamos bem unidas”, disse Franciela Krasucki, classificada para os 100m rasos e o 4x100m.

Ana Cláudia Lemos voltou a competir no início de julho e mostrou que está em boa forma. Em Medellín, na Colômbia, anotou a melhor marca do país no ano nos 100m, 11s14. No período de suspensão, ela foi demitida da equipe BM&F/Bovespa. Em sua defesa no julgamento, alegou que o doping ocorreu por contaminação de um suplemento manipulado – o código de conduta do clube proibia a manipulação de suplementos sem autorização expressa.

O primeiro teste do revezamento brasileiro com a velocista de volta à equipe ocorre nesta semana, na etapa de Londres da Liga Diamante, em 22 e 23 de julho. Na sede dos últimos Jogos Olímpicos, o Brasil deve correr com Bruna Farias, Ana Cláudia, Kauíza Vênancio e Rosângela Santos, com o recorde sul-americano como meta.. Vitoria Silva viaja como reserva. Franciela, que retorna de lesão, será poupada do evento.

“O camping de treino foi diferente dos outros, estava todo o mundo querendo a medalha. Foi muito bom. Ela voltou e voltou correndo. É bom para o Brasil ter uma perna de 11s14 no revezamento”, afirmou Bruna Farias. “Temos grandes chances de medalha. Todas melhoraram seus resultados. Isso nos dá ainda mais chance e positividade”, completou.

Bruna Farias deve abrir o revezamento do Brasil na Liga Diamante em Londres (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Ana Cláudia, recordista sul-americana dos 200m rasos e brasileira dos 100m, é considerada peça fundamental nas pretensões da equipe nacional em brigar por uma medalha no revezamento 4x100m nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. No Mundial de 2013, o time brasileiro era dono da segunda posição até derrubar o bastão na última passagem.

A participação da paulista nas Olimpíadas, no entanto, ainda não está garantida já que a ACBD recorreu da decisão do STJD da CBAT ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Com Jamaica e Estados Unidos como favoritos na prova, o Brasil briga pelo bronze no 4x100m, com Holanda e Trinidade e Tobago como principais concorrentes.

“A gente tem que esperar que deixem ela totalmente liberada para as Olimpíadas. Porque se a gente ganha uma medalha e depois ela é suspensa a gente perde a medalha. Mas com ela é bem mais fácil do pódio vir”, analisou Kauíza Venâncio.

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