Gazeta Esportiva

Túlio admite ter orado por lesão e nega boicote no Corinthians

Túlio Maravilha foi o convidado especial do Mesa Redonda do último domingo (Foto: Marcelo Ferrelli/Gazeta Press)

Em participação no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o polêmico atacante Túlio Maravilha relembrou alguns de seus inúmeros causos no futebol. Entre eles está o episódio em que o veterano apelou às forças divinas para ser diagnosticado com uma lesão durante um exame médico.

Tudo porque o goleador, à época atuando pelo Botafogo, queria ser cortado do jogo de volta contra a Universidad Católica, no Chile, pela fase de grupos da Copa Libertadores de 1996, após ter feito um gol de calcanhar atípico no duelo de ida, no Maracanã.

Na ocasião, uma falha da defesa chilena deixou Túlio completamente livre com a bola dentro da pequena área. O atacante, então, parou em cima da linha do gol e, de costas a ele, levantou a bola usando o calcanhar e marcou o quarto tento do Botafogo. Assim, ciente da irritação dos adversários, o brasileiro passou a temer retaliações em Santiago.

“Aquele jogo já estava decidido: 3 a 1, 40 e poucos minutos, aí o Beto cruzou, o goleiro e o zagueiro trombaram, e a bola sobrou livre na pequena área, na risca do gol. E aí veio aquela inspiração de moleque, virei e fiz aquela ‘tulhetra’, que é uma mistura de letra com Túlio”, rememorou Túlio, que prosseguiu.

“No domingo teve clássico contra o Flamengo. Driblei um, driblei dois e tomei uma voadora do Ronaldão. O pessoal achou que eu estava dando ‘migué’ para não viajar para o Chile no jogo de volta. Fizemos uma ressonância na segunda-feira e, quando entrei na máquina, fiz umas dez orações para dar alguma lesão (risos). E a oração serviu, deu lá dois centímetros de lesão”, contou.

No jogo de volta, em Santiago, o Botafogo sentiu o desfalque de Túlio e perdeu por 2 a 1. “O médico falou para me poupar, que na próxima semana eu voltaria. O time já estava classificado, levou umas porradas lá e eu assisti ao jogo em casa”, disse.

Atualmente, Túlio defende as cores do Taboão da Serra-SP, que disputa a Série A3 do Campeonato Paulista. No último sábado, atacante de 49 anos passou em branco no empate sem gols com o Audax.

Abaixo, veja outros trechos da entrevista com Túlio Maravilha:

BOICOTE NO CORINTHIANS?
Não fui boicotado [em 1997]. Na verdade eu vim como uma grande contratação, o homem-marketing, só que usei a camisa 12. Ironia ou não, acabei não ficando como titular por opção técnica do Nelsinho [Baptista], que gostava de atacantes mais velozes. Tanto é que eram o Mirandinha e o Donizete. Mas no final acabei como artilheiro do campeonato e campeão paulista.

ARTILHEIRO DOS 1000 GOLS?
Isso é verdade, porque desde o ventre da minha mãe eu já estava predestinado com meu DNA de goleador. O cara que é seis vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro, três da [Série] A, uma da B e duas da C não é para qualquer um, são recordes atrás de recordes. Sou o maior artilheiro da história do Caio Martins, o maior artilheiro da história do Serra Dourada, o maior artilheiro da história do Vila Nova, um dos maiores artilheiros da história do Goiás. O currículo por si só já fala de todos esses gols. Eu acho que tenho até mais gols, mas é porque, às vezes, se eu aumentar um pouquinho o pessoal desconfia, mas esses 1000 gols são certos.

FUTEBOL AOS 49
É você ter uma genética boa, gostar da profissão, ter uma vida regrada, uma alimentação balanceada. Depois dos 30, 40 anos, a gente vai perdendo força muscular, então tem que fazer muita academia para suportar. Eu sou um cara tranquilo, pacato, gosto de levar minha filha na escola, ir para a academia, vou jantar no restaurante. Sou bem caseiro, bem família, desde a época do Botafogo nunca fui de balada, sempre fui bem focado. Claro que gosto da vida, curto a cada momento. E claro, tem que fazer muito amor. Se não fizer amor, você não dá conta de ir para o campo.

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