Gazeta Esportiva

Rodeado de familiares e ex-jogadores, Capita tem corpo velado na CBF

Carlos Alberto Torres, o Capita, teve o corpo velado na noite desta terça-feira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro (Armando Paiva/Agif/Gazeta Press)
Carlos Alberto Torres, o Capita, teve o corpo velado na noite desta terça-feira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro (Armando Paiva/Agif/Gazeta Press)

Sob a bandeira nacional, foi velado, na noite desta terça-feira, o corpo de Carlos Alberto Torres, capitão da Seleção Brasileira na campanha do tricampeonato da Copa do Mundo de 1970, no México, e vítima de um infarto fulminante nesta manhã, aos 72 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro.

Houve demora na chegada do corpo do ex-jogador no auditório da sede da CBF, na Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense, porque o carro da funerária quebrou a caminho do hospital no Recreio dos Bandeirantes, atrasando a cerimônia em duas horas.

Resolvido o problema, o velório foi iniciado por volta das 22 horas (de Brasília), para familiares e amigos próximos, contando também com a presença de vários ex-jogadores e companheiros de Carlos Alberto nas equipes pelas quais passou tanto como atleta quanto como técnico.

Nomes conhecidos, principalmente, do futebol carioca, como Roberto Dinamite, Mauro Galvão, Edinho, Petkovic, Gonçalves, Leandro Ávila e Bebeto estiveram no local, além do técnico do Flamengo, Zé Ricardo.

“Grande líder e capitão. Não só do Brasil, mas do futebol, por onde passou. Respeito, exemplo, capitão de uma Seleção que só tinha craques. É a vida, está descansando e vamos ficar aqui lembrando desse grande atleta e homem. Peguei ele no final da carreira, jogando contra, convivi com o filho. Nos encontrávamos sempre com diplomacia”, disse Roberto Dinamite, ex-Vasco e rival de Carlos Alberto nos clássicos cariocas dos anos 70.

“Uma perda muito grande. Meu pai, além de ser um herói, era um amigo. Sempre estávamos juntos. Na minha infância, como ele era jogador estava sempre viajando, não podendo estar muito presente. Depois, eu fui morar fora. E agora, coisa de cinco anos, estávamos muito próximos, sempre juntos. Perdi um amigo, uma pessoa sensacional”, lamentou Alexandre Torres, filho do Capita, ao canal Sportv.

Nesta manhã, Carlos Alberto sofreu um mal-estar ao mesmo tempo em que fazia palavras cruzadas. Foi levado por sua esposa ao hospital, onde foram realizados processos para reanimá-lo, mas ele não resistiu e faleceu.

Eleito pelos jogadores para ser capitão do Brasil na Copa do México, Carlos Alberto Torres foi revelado pelo Fluminense, clube pelo qual conquistou o Campeonato Carioca em 1964, 1975 e 1976. No Santos, foi ainda mais vencedor ao ajudar Pelé e companhia erguer cinco troféus do Campeonato Paulista: 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973. Também pela agremiação da Vila Belmiro, faturou o Campeonato Brasileiro de 1965 e 1968.

Durante o dia, clubes, ex-companheiros de equipe e nomes do esporte que admiravam o Capita prestaram homenagem nas redes sociais ou em entrevistas às televisões. Parceiro do ex-lateral no grupo da Seleção que foi campeã mundial em 1970 e no New York Cosmos, Pelé não se despediu presencialmente de Carlos Alberto, mas lamentou a morte em sua conta no Instagram.

O velório seguiu até à meia-noite, no auditório da sede da CBF, e será reaberto para amigos e fãs das 6h às 9 horas. O enterro está marcado para as 11 horas desta quarta-feira, no Cemitério do Irajá, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro.

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