Gazeta Esportiva

Presidente da Comissão de Arbitragem não apoia protestos em campo

Os jogos de abertura da 18ª rodada do Campeonato Brasileiro ficaram marcados por protestos da arbitragem (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Os jogos de abertura da 18ª rodada do Campeonato Brasileiro ficaram marcados por protestos da arbitragem (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

A 18ª rodada do Campeonato Brasileiro iniciou com protestos por parte dos árbitros que apitaram as partidas da última quarta-feira. A categoria se manifestou contrária ao veto da presidente Dilma Rousseff ao item da Medida Provisória (MP) que assegurava um valor dos direitos de transmissão dos jogos à arbitragem. Para a CBF, no entanto, as reclamações deveriam se restringir ao âmbito político sem causar impacto nos gramados.

“O foro adequado para tratar isso é em Brasília, não é o campo de futebol”, comentou o presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Sérgio Corrêa, em entrevista ao canal Sportv.

Em seis dos sete jogos disputados na última quarta, uma placa com os números 0 e 5 foi levantada antes do início dos confrontos, fazendo alusão ao valor de 0,5% que seria adquirido com os direitos de transmissão. Apenas no duelo entre Internacional e Fluminense o protesto foi diferente. Por respeito aos jogadores do Colorado, a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) pediu que 0 e 5 não fossem utilizados para não criar uma alusão à goleada sofrida para o Grêmio no final de semana. Ao invés disso, o juiz levantou a placa com os algoritmos 671, que representam o número da MP do Futebol.

Segundo Sérgio Corrêa, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, já havia se reunido com alguns representantes para discutir sobre as reivindicações da categoria, que ameaçou entrar em greve nas próximas semanas e estaria contradizendo o que já havia sido conversado com Del Nero. “Eles estiveram aqui, o presidente Marco Polo os ouviu, e eles iniciaram uma reunião da seguinte forma: está descartada a greve no Brasil”, afirmou.

“A única ressalva que eu faço com o sindicalismo é nesta forma de má administração: não concordo misturar o que conseguiram nos gabinetes com o que acontece em campo. Se fosse um fato consumado ,uma demonstração de revolta da parte política, eu entenderia”, concluiu Corrêa.

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